O que fazer quando ele (a) não aceita o fim do amor

A ficcção sempre traz a história do ex inconformado, mas na vida real tudo é mais dramático

Bem Paraná

Terminar um relacionamento nunca é fácil, seja casamento, namoro, noivado e outras relações. As dificuldades do rompimento envolvem a aceitação do outro, sentimento de rejeição, entre outras coisas que dependem de cada pessoa.

Um dos grandes problemas é quando um dos lados não aceita, fazendo de tudo para voltar, gerando a obsessão, sentimento de transtorno, derivado da ansiedade e compulsão. Esse tipo de comportamento é visto em jornais, revistas, sites, geralmente na editoria policial e também nas telenovelas, como Império, atual novela das 21 horas da na Rede Globo. Na trama acompanhamos os personagens Cristina (Leandra Leal) e Vicente (Rafael Cardoso), que mal começaram a se relacionar e já são vitimas da obsessão de Fernando ( Eron Cordeiro ), ex noivo da mocinha, que na novela não aceitou o termino imposto por Cristina, sugerindo  sua pouca resistência ao lidar com a rejeição e frustração pessoal.

Segundo o psicólogo e especialista em Relacionamentos Alexandre Bez, uma pessoa normal consegue lidar com a perda sem manifestações altamente neuróticas, como as exibidas por Fernando. Na atualidade, não foram ainda decifradas as principais causas que originam o TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), no entanto parece ser justamente a ansiedade, o baixo limite a frustração e uma perene situação de estresse, as mesmas características apresentadas por Fernando. A questão do personagem é ainda mais complicada por ele apresentar, além da compulsão, a agressividade e a possessividade, sendo uma mistura bombástica e perigosa. O exemplo citado pode ser de uma novela, mas serve de alerta para nossa sociedade. A conversa deve ser mantida sempre em primeiro lugar e devemos estar atentos a qualquer demonstração fora do comum em uma dessas situações, explica o especialista.

M.A.S, 35 anos, foi vítoma de um ex-namorado durante pelo menos dois anos de perseguição. A pressão foi tanta que ela até mudou de cidade. Preferi me mudar para a cidade onde meus irmãos moram para me sentir mais segura. Já estou em outra cidade há um ano e ainda tenho a impressão que ele vai aparecer, conta ela. M.A.S lembra que o ex-namorado parecia uma pessoa ótima até que começaram a discordar nas pequenas coisas na reforma do apartamento no qual morariam juntos. Foi quando ela estranhou algumas reações do rapaz. Eles estavam juntos há um ano e meio e até então ela não tinham notado nada. Só quando foi contrariado é que realmente o conheci e quando terminei o relacionamento ele começou a me perseguir e me ameaçar. Até hoje, M.A.S não retornou às redes sociais com medo que o ex a encontre.


Nova era

Uma pesquisa realizada com mais de 2 mil pessoas na Inglaterra mostrou o que as pessoas pensam em relação à exposição do fim no namoro na internet. Veja alguns resultados:


 

Stalking complica ainda mais
Você já se sentiu observado, vigiado e até mesmo seguido pela internet, principalmente nas redes sociais? Você pode ser vítima de stalking.. Resumidamente, stalking é a vigilância exacerbada que uma pessoa dispensa a outra, muitas vezes forçando contatos indesejados. Nem sempre há um motivo claro além da obsessão, no entanto, um stalker (ou seja, o obcecado) muitas vezes pode ter o intuito de amedrontar sua vítima.

Não se trata de uma prática claramente definida, logo, as atitudes de um perseguidor podem variar. Ele pode simplesmente permanecer à espreita, apenas observando a vítima. No entanto, outros casos envolvem atitudes mais diretas e amedrontadoras, como entregar objetos indesejados.Casos extremos envolvem a intimidação explícita com ameaças e atitudes violentas por parte do perseguidor, como por exemplo, quebrar bens da vítima e até mesmo agredi-la.

Stalking foi um termo usado para designar a perseguição a celebridades.O termo stalking, inclusive, começou a ser usado no final da década de 80 para descrever a perseguição insistente a celebridades.
O estado norte-americano da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou a primeira medida contra a prática em 1990. O país seguiu o exemplo, assim como Canadá, Austrália, Reino Unido e outros países europeus. Com a explosão das redes sociais nos últimos anos, o trabalho dos stalkers ficou muito mais fácil, essa é a verdade. Ter um perfil nesse tipo de site é, simplesmente, se expor, e as informações divulgadas podem ser um prato cheio para qualquer agressor, principalmente se ele for um ex, louco para saber por onde sua amada anda e com quem.