Com a chegada do verão, roupas mais curtas, pernas de fora, biquíni… e lá está ela: a tão temida celulite. A celulite afeta 95% da população feminina em graus que variam de 1 a 4 e representa a mais freqüente e indesejada disfunção estética na mulher. Existem vários mitos e verdades sobre a celulite e as mulheres fazem de tudo para evitar o aspecto de “casca de laranja” da pele.

A celulite é crônica e não tem cura, e não depende do peso. “Dentre as causas da celulite temos os fatores primários (genético, racial e constitucional), fatores secundários (hormonais e veno-linfáticos) e fatores terciários (alimentação, stress, sedentarismo e ortopédicos)”, explica Carolina Pissetti Vialle, a especialista em medicina estética. É uma das patologias mais comuns do sexo feminino, devendo-se ficar atento o ano inteiro em ações combinadas como alimentação, exercícios e tratamentos estéticos que ajudam a amenizar e prevenir o problema.

O tratamento da celulite deve começar em casa, com uma alimentação equilibrada, uso de cremes domésticos e pode ser amenizada com tratamentos clínicos, realizados por médicos especializados. “O tratamento da celulite combina orientações ao paciente, alterações no modo de vida, orientações nutricionais, atividades físicas, tratamento domiciliar com cremes, drenagens linfáticas e tratamentos médicos. Todos os passos são importantes, até mesmo para evitar a piora da insuficiência circulatória ou então para manter o resultado do tratamento por mais tempo”, completa a especialista.

A alimentação é um fator de grande importância para a prevenção da celulite e um acompanhamento nutricional é essencial para aliar a outros tratamentos objetivando amenizar o problema. Segundo a nutricionista Teresina Mendes dos Santos, é importante reduzir o consumo de alimentos gordurosos, frituras, produtos industrializados como sorvetes, chocolates, biscoitos , pizzas, salgadinhos, e outros. “O excesso de sal também não é aconselhável, por colaborar com a retenção de líquidos no organismo”, explica a nutricionista. A preferência deve ser dada a carnes magras (grelhadas), peixes, frutas, arroz e pais integrais, legumes e saladas cruas, devido ao alto teor de fibras. ”Tomar água é fundamental para manter o tônus da pele, melhorar a circulação sanguínea e ajudar a eliminar toxinas acumuladas”, completa Teresina, lembrando que a prática de atividades físicas regularmente associada a uma boa alimentação é também de grande importância.

O tratamento médico pode ser realizado através de técnicas combinadas, conseguindo um resultado mais significativo e mais rápido. Realizam-se programas de tratamento que englobam sessões de carboxiterapia, sessões de ultrassom, drenagem linfática, sessões de intradermoterapia e peelings corporais. “A carboxiterapia promove a melhora da oxigenação tecidual, melhorando a microcirculação, fazendo também a redução da gordura localizada e a melhora das traves da celulite, que dão o aspecto da pele em casca de laranja, ou seja, a melhora das depressões na pele”, explica Carolina. Segundo a especialista, ainda podemos contar com a intradermoterapia, que é a injeção de substâncias que podem atuar na celulite melhorando o retorno venoso, diminuindo o acúmulo de líquidos, promovendo a tonificação vascular, promovendo a quebra e redução do tecido adiposo, estimulando a produção de colágeno e melhorando a textura da pele. “Os peelings corporais ajudam tratar a textura e o aspecto da pele”, finaliza a médica.

O tratamento junto ao fisioterapeuta é importante, pois a drenagem linfática reduz o acúmulo de liquido, favorecendo a melhora da microcirculação. “A drenagem linfática melhora as funções essenciais do sistema circulatório linfático mediante manobras precisas que acompanham os trajetos linfáticos. Pode melhorar alguns tipos de edema e auxilia como coadjuvante no tratamento da celulite, já que melhora a drenagem da linfa e do sistema circulatório em geral. É também indicada nas pós-cirurgias estéticas, como lipoaspiração ou lipoescultura acelerando a recuperação, evitando a fibrose e amenizando o edema pós-cirúrgico”, finaliza Carolina.