Buscas por sintomas de dengue crescem três vezes mais no Brasil

Redação Bem Paraná com assessoria
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(Foto: Marcelo Camargo/ABr)

As buscas por informações sobre dengue aumentaram 2,81 vezes no país de 18 de novembro de 2024 a janeiro de 2025. O destaque é São Paulo (4,52 vezes) seguido por Minas Gerais (3,10 vezes). Os dados do Afya Whitebook, principal ferramenta de apoio à decisão clínica utilizada por médicos.

Essa busca se reflete no aumento de casos notificados. Segundo informações do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 139 mil casos prováveis em 2025, sendo cerca de 7.000 em São Paulo e 3,800 em Minas Gerais.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor de outras enfermidades como a Chikungunya e a Zika. Os sintomas incluem febre alta persistente acima de 38°C, náuseas, vômitos, cefaleia, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas no corpo. Entretanto, alguns casos podem apresentar sintomas mais leves, dificultando o diagnóstico clínico, que pode ser confundido com outras infecções virais.

Segundo Janaína Teixeira, médica infectologista da UNIPTAN | Afya, é preciso ter atenção especial às crianças: “Um bebê não consegue relatar o que está sentindo, por isso é importante observar sinais como irritabilidade, recusa de alimentação, febre persistente e manchas pelo corpo. Já em crianças maiores, dores abdominais, cefaleia intensa e febre que não cede são sinais de alerta importantes”. A desidratação rápida e complicações bacterianas, como pneumonia, também são preocupações em relação à população infantil.

De modo geral, o tratamento da dengue é sintomático, focando na hidratação e controle de sintomas como dor e febre. Medicamentos como ácido acetilsalicílico (AAS), anti-inflamatórios e corticoides devem ser evitados. O acompanhamento médico é essencial para monitorar a evolução do quadro e verificar a necessidade de internação. “A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra a dengue, com medidas como eliminação de criadouros do mosquito, uso de telas protetoras, repelentes e controle da água parada”, explica.