
No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, médicos reforçam a importância de compreender a ansiedade não apenas como um transtorno emocional, mas também como uma condição que impacta diretamente a saúde do coração.
De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano, a relação entre o bem-estar mental e o sistema cardiovascular é comprovada por diversos estudos científicos.
“Quando a ansiedade se torna constante, o corpo passa a responder com alterações hormonais que sobrecarregam o coração e aumentam o risco de doenças cardiovasculares”, explica o especialista.
Como a ansiedade influencia o sistema cardiovascular
Em momentos de estresse ou tensão, o organismo libera adrenalina e cortisol, hormônios responsáveis por aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial. Essa reação é natural em situações de emergência, mas, quando se torna frequente, coloca o corpo em estado de alerta permanente.
Segundo o Dr. Yano, esse quadro pode causar arritmias, hipertensão e até contribuir para o desenvolvimento de aterosclerose — o acúmulo de placas nas artérias. Além disso, a ansiedade está associada a comportamentos de risco, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de álcool, fatores que intensificam os problemas cardíacos.
Sintomas que exigem atenção médica
Os sinais de ansiedade e de doenças cardíacas podem se confundir. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Batimentos acelerados ou irregulares;
- Falta de ar;
- Dor ou aperto no peito;
- Suor excessivo;
- Sensação de tontura.
“Nem sempre é simples diferenciar uma crise de ansiedade de um problema cardíaco real. Por isso, qualquer sintoma deve ser avaliado por um médico”, orienta o Dr. Yano.
Prevenção e autocuidado
A prevenção é o melhor caminho para proteger tanto a saúde mental quanto o coração. O especialista destaca três pilares fundamentais: atividade física regular, alimentação equilibrada e sono de qualidade.
“Cuidar do coração vai além de controlar o colesterol. É também gerenciar o estresse, buscar relaxamento e manter acompanhamento médico periódico”, reforça o cardiologista.