
Curitiba é uma das 12 cidades selecionadas pelo Ministério da Saúde para implementar o teste de biologia molecular DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). A tecnologia permite detectar o vírus HPV e identificar precocemente alterações que podem levar ao câncer do colo do útero, aumentando a efetividade do rastreamento e da prevenção.
O lançamento do projeto-piloto aconteceu nesta sexta-feira (15/8), na Unidade de Saúde Bairro Novo, no Sítio Cercado, região que conta com cerca de 3.500 mulheres entre 25 e 64 anos, faixa etária indicada para o rastreio da doença.
A secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, recebeu autoridades como o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, e o diretor-presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Pedro Barbosa, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia. Segundo Tatiane, “é uma honra para a cidade integrar esta iniciativa. Nossa população é majoritariamente feminina, o que confere grande relevância à nova tecnologia que começaremos a utilizar”.
Ela destacou ainda que o câncer do colo do útero é atualmente a terceira principal causa de óbito entre mulheres no país e reforçou a importância do rastreamento: “A doença é prevenível, evitável e curável. A possibilidade de realizar o teste agiliza o diagnóstico e permite alcançar a população com eficiência”.
O presidente da Fiocruz, Mário Moreira, acrescentou que Curitiba tem tradição em validar produtos e serviços para o SUS e que o projeto-piloto pode se tornar modelo nacional de implementação da tecnologia.
Sobre o teste DNA-HPV
- Tecnologia 100% nacional, desenvolvida pelo IBMP em Curitiba.
- Detecta 14 genótipos do HPV, mesmo em mulheres assintomáticas.
- Permite identificar a presença do vírus antes da ocorrência de lesões ou câncer.
- Aumenta a sensibilidade diagnóstica, reduzindo exames e intervenções desnecessárias.
- Possibilita intervalos maiores entre coletas quando o resultado é negativo.
- Facilita rastreio em áreas remotas ou com menor oferta de serviços.
A Secretaria Municipal da Saúde recebeu 300 kits de coleta na primeira etapa do projeto, e outras 3,2 mil unidades serão distribuídas nas próximas semanas. As amostras serão processadas inicialmente pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Além de Curitiba, participam do projeto-piloto os estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.
Presenças no evento
O lançamento contou com representantes do IBMP, Ministério da Saúde, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal, além de gestores da SMS Curitiba, de cidades vizinhas e conselheiros do Conselho Municipal de Saúde.
O projeto marca um avanço significativo na prevenção do câncer do colo do útero, oferecendo diagnóstico precoce, maior precisão e acesso equitativo à população feminina do município.