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Dieta está deixando mau-hálito? Especialista explica como evitar o hálito cetônico

Editado por Alana Morzelli
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As dietas da moda, como jejum intermitente e dieta low carb podem causar alguns desconfortos, como o famoso mau-hálito. Segundo especialistas, algumas práticas alimentares, especialmente aquelas que envolvem longos períodos sem comer ou uma drástica redução de carboidratos, podem, sim, impactar diretamente no odor da sua boca.

“O jejum prolongado ou dietas muito restritivas, como as low carb e cetogênicas, reduzem a produção de saliva e levam o organismo a queimar gordura como fonte principal de energia”, explica a Dra. Lígia Maeda, otorrinolaringologista e especialista em halitose do Hospital Paulista. “Nesse processo, são produzidos os chamados corpos cetônicos, que liberam um odor característico, conhecido como ‘hálito cetônico’”, completa.

O que é o hálito cetônico?

Esse termo pode parecer técnico, mas descreve algo que muita gente já sentiu — ou cheirou: um odor adocicado, metálico ou até semelhante ao de frutas fermentadas. “É um tipo de mau hálito que não está necessariamente ligado à má higiene bucal, mas sim a alterações metabólicas”, diz a médica.

Quando deixamos de consumir carboidratos, o corpo entra em um estado chamado cetose, no qual passa a utilizar a gordura como combustível. “Os corpos cetônicos gerados nesse processo são eliminados, em parte, pelos pulmões. Daí o odor característico na respiração”, explica a especialista.

Menos saliva, mais problemas

Além da produção de corpos cetônicos, outro fator contribui para o mau hálito em quem está de dieta: a diminuição da salivação. Isso porque, durante o jejum ou em dietas que envolvem pouca mastigação (como aquelas baseadas em líquidos ou substitutos de refeição), a boca tende a ficar mais seca.

“A saliva tem função antibacteriana e ajuda a limpar a cavidade oral naturalmente. Quando sua produção diminui, aumenta a proliferação de bactérias e de compostos sulfurados voláteis, que são as substâncias responsáveis pelo mau cheiro”, alerta a Dra. Lígia.

Hálito alterado, portanto, não significa dieta errada – mas um sinal de atenção. Se você está seguindo uma dieta específica com acompanhamento profissional e se sentindo bem, o hálito cetônico não precisa ser motivo para desistir. Porém é importante reconhecer os sinais que o corpo dá e buscar estratégias para amenizar o problema.

A especialista dá algumas dicas:

“A boa notícia é que esse tipo de alteração no hálito costuma ser temporária e melhora com ajustes na alimentação e nos cuidados diários”, tranquiliza a Dra. Lígia.

Sobre o Hospital Paulista 
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial e Foniatria.  Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.