Saúde e Beleza respirar

Doenças respiratórias persistem após o inverno e exigem atenção especial

Especialistas explicam fatores de risco, impacto da vida urbana e importância da fisioterapia na prevenção e tratamento

Editado por Alana Morzelli
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Foto: Freepik

O fim do mês de setembro marca também o fim do inverno, que dará lugar à primavera no dia 22. Mas, mesmo que a estação fria tenha ido embora, ela deixa alguns resquícios, como as doenças respiratórias, responsáveis por grandes complicações e incômodos à saúde de muita gente.

Essas doenças consistem em enfermidades que afetam os órgãos, tecidos e estruturas do sistema respiratório, como pulmões, diafragma, vias nasais, traqueia e garganta. Elas podem ser crônicas ou agudas: as primeiras, de início gradual e longa duração, exigem tratamentos prolongados; já as agudas têm início repentino, tratamento curto e, geralmente, cura em pouco tempo.

Ambientes fechados e mal ventilados favorecem a propagação de partículas contaminadas — vírus, bactérias, fungos e alérgenos. Para a coordenadora do curso de Enfermagem do UniBrasil, Angelita Visentin Gregorczuk, o inverno é o período mais crítico para o surgimento dessas doenças.
“No inverno, as temperaturas mais baixas e a maior permanência em ambientes fechados e pouco arejados favorecem a propagação de microrganismos. Além disso, o ar seco resseca as mucosas respiratórias e reduz a barreira natural contra agentes infecciosos”, explica.

Nas grandes cidades, o cenário é agravado pela poluição. A exposição constante a gases de veículos, indústrias e queimadas aumenta casos de asma, bronquite e câncer de pulmão, além de agravar doenças preexistentes. Segundo Angelita, até a saúde emocional pode pesar contra. “O estresse e a ansiedade enfraquecem o sistema imunológico, deixando o organismo mais suscetível a infecções”, ressalta.

Fisioterapia como aliada

A fisioterapia tem papel fundamental tanto na prevenção quanto no tratamento das doenças respiratórias. Para a especialista em Fisioterapia Cardiopulmonar e professora do UniBrasil, Cintia Regina Félix de Oliveira, a prática vai além dos exercícios respiratórios.
“O trabalho envolve também o fortalecimento do sistema cardiovascular e musculoesquelético, ajudando o paciente a ter mais fôlego para as atividades diárias”, explica.

Segundo ela, a fisioterapia pode ser indicada em praticamente todos os casos. “Na asma, por exemplo, trabalhamos exercícios, conscientização, fortalecimento dos músculos respiratórios e educação em saúde, para que o paciente saiba identificar e evitar fatores de risco.”

Os atendimentos podem começar junto aos primeiros sintomas ou em paralelo ao tratamento médico, potencializando os efeitos da medicação e, em alguns casos, reduzindo a necessidade de remédios no longo prazo. O objetivo é devolver autonomia e qualidade de vida.

“Após o planejamento do tratamento e os testes de reavaliação, muitos pacientes recebem alta e são encaminhados para exercícios físicos ou atividades que gostem. Ou seja, conseguimos dar autonomia e melhorar a capacidade respiratória, cardíaca e musculoesquelética”, conclui Cintia.

Atendimento à comunidade

No UniBrasil, a Clínica de Fisioterapia oferece atendimento à comunidade. Os interessados podem se inscrever na secretaria e passar por avaliação. Os atendimentos são realizados conforme disponibilidade de vagas. Para informações e agendamentos: (41) 3361-4318.