
Um novo picadeiro coberto vai ajudar a ampliar a oferta da equaterapia – terapia com cavalos – em Curitiba. O novo espaço recebeu o nome de “Picadeiro Luis Rafael Alves Langer”, em homenagem a um dos praticantes do projeto. Luis Rafael nasceu com duas síndromes raras – IFAP (Ictiose Folicular, Alopecia e Fotofobia) e Bresheck, sendo este o primeiro caso diagnosticado no Brasil e o segundo no mundo.
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A equoterapia é uma atividade terapêutica que utiliza cavalos para promover desenvolvimento físico, emocional e social a pessoas com deficiência ou neurodivergentes. De acordo com os pais de Luis Rafael, o tratamento trouxe avanços significativos para seu desenvolvimento. “Foi demais, melhorou praticamente 100% o equilíbrio e a coordenação dele. O picadeiro agora coberto fez toda a diferença, porque antes ele não podia frequentar em dias de sol forte”, contou o pai, Luis Carlos de Moura Langer.
Cobertura amplia atendimento para até 175 crianças
Com a cobertura, o alcance do programa oferecido pelo Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Paraná (PMPR), passa de 120 para até 175 crianças e adolescentes. Desde sua criação, em 1991, o Centro já beneficiou mais de 5 mil pessoas com tratamento gratuito, voltado a familiares de membros da corporação e cidadãos de baixa renda.
Segundo o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, contribuir com a instalação da cobertura é também investir em qualidade de vida e inclusão. “Esse apoio representa nosso compromisso em estar presente em ações que transformam comunidades e dão oportunidades para quem mais precisa”, afirma Bley. O apoio da Sanepar reforça a política de patrocínios da Companhia, que prioriza iniciativas sociais, educacionais e esportivas alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à promoção da saúde da pessoa com deficiência.
Parceria amplia atendimento da terapia com cavalos
Com apoio da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a Polícia Militar do Paraná está ampliando o atendimento ao público no projeto de Equoterapia do Regimento de Polícia Montada (RPMon) da PMPR.
Graças à cobertura do espaço destinado à prática terapêutica, o projeto conseguiu ampliar e manter a regularidade dos atendimentos. O novo picadeiro coberto foi inaugurado em dezembro de 2024 e recebeu doações e patrocínios de diversas entidades e empresas, entre elas a Sanepar. A estrutura trouxe mais conforto, segurança e regularidade para as sessões de terapia.
Antes da obra, sessões eram canceladas em dias de chuva
Antes da obra, as sessões frequentemente precisavam ser canceladas em dias de chuva ou sob sol intenso, comprometendo a regularidade da terapia. Agora, a cobertura do picadeiro garante proteção para praticantes, profissionais e cavalos, evitando interrupções e garantindo continuidade mesmo em condições climáticas adversas.
Segundo a capitã Gisele Lopes, coordenadora do projeto, o impacto foi imediato. “A primeira coisa de pronto que a gente percebeu foi o conforto térmico. O sol era uma preocupação e, agora, mesmo em dias muito quentes, as crianças podem ser atendidas normalmente. Reduzimos cancelamentos e aumentamos a frequência dos atendimentos”, destacou.
Parcerias essenciais
O projeto de instalação da cobertura é resultado de uma colaboração entre diversas entidades: a ONG Associação Terapêutica Paradesportiva e Equocavalaria (ATPE), formada por pais de praticantes, e o Instituto I.G.U.A.I.S, além da Sanepar e da PUCPR, que doou o barracão. A Sanepar ofereceu R$ 60 mil, na forma de patrocínio, para transporte e montagem da estrutura.
Maró Barreto, da ATPE, ressaltou a importância histórica da conquista. “Eu estou aqui há dez anos e há nove anos o sonho era construir esse picadeiro, porque, se chovia, tinha que parar a terapia, com sol forte, tinha que parar. Agora, graças a essas parcerias, temos um picadeiro coberto de 800 metros quadrados. E o sonho é atender ainda mais crianças, porque a fila de espera ainda é grande”, contou.
Além de atender centenas de crianças, o Centro de Equoterapia da PMPR também atua como espaço de formação, oferecendo cursos gratuitos para ONGs e prefeituras interessadas em desenvolver a prática em seus municípios. Com a nova estrutura e o apoio de parceiros como a Sanepar, a expectativa é de que ainda mais famílias sejam beneficiadas nos próximos anos.