Há cinco anos, 600 crianças aguardavam na lista de espera para a cirurgia de adenoamigdalectomia (remoção das amígdalas e adenóides) no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Atualmente, não há mais fila de espera, e o tempo entre a indicação para a cirurgia e a realização do procedimento é inferior a 40 dias. Graças à agilidade do serviço, o paciente sai da consulta ambulatorial com uma provável data para o procedimento.
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Esse bom resultado se deve ao aprimoramento no desempenho cirúrgico, à ampliação da equipe médica, incluindo otorrinolaringologistas e anestesistas, à intensificação dos atendimentos na unidade e à modernização das salas cirúrgicas. Em 2024, o hospital realizou 902 procedimentos na especialidade de otorrinolaringologia, sendo 639 (70,84%) deles de adenoamigdalectomia.
O Hospital Infantil Waldemar Monastier, referência em atendimentos de média e alta complexidade para crianças de todo o Estado, tem se destacado, segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Esse procedimento, entre outros, tem trazido mais qualidade de vida às crianças, e as equipes médicas estão fazendo um excelente trabalho, como demonstram os números”, destacou o secretário.
Adenoamigdalite e a importância da cirurgia
A adenoamigdalite, caracterizada pela inflamação das amígdalas e adenóides, é uma condição comum em crianças. Esses órgãos linfáticos, localizados na garganta, são a primeira linha de defesa do sistema imunológico, mas podem causar infecções recorrentes e obstrução das vias aéreas superiores. Isso pode resultar em distúrbios como roncos, apneias (parada temporária da respiração), alterações de humor, sonolência diurna e baixo rendimento escolar.
Conforme a coordenadora do centro cirúrgico do Hospital Monastier, Suelen Filetti Martins, nem todos os casos demandam cirurgia. A intervenção cirúrgica é considerada apenas quando o tratamento clínico não resolve o problema. “Para as crianças que precisam da cirurgia, o procedimento proporciona uma nova fase em suas vidas, com muito mais bem-estar. Isso resulta em menos medicamentos, menos visitas ao hospital e uma melhora significativa na qualidade de vida”, explica Suelen.
Investimentos em saúde infantil
O Hospital Infantil Waldemar Monastier é uma das unidades da Secretaria Estadual da Saúde e tem se tornado um pilar importante para o atendimento pediátrico no Estado. Nos últimos cinco anos, o governo estadual investiu R$ 239 milhões em equipamentos, ampliação da estrutura e custeio da instituição. O hospital oferece atendimentos via Sistema de Regulação Estadual, abrangendo internações, consultas ambulatoriais e exames.
Além dos serviços de otorrinolaringologia, a unidade conta com uma equipe médica especializada em 20 áreas, incluindo anestesiologia, cardiopediatria, cirurgia pediátrica, dermatologia, endocrinologia pediátrica, gastropediatria, hematologia pediátrica, reumatologia pediátrica, nefropediatria, ortopedia pediátrica e infectopediatria. Isso reflete o compromisso da instituição com a saúde infantil, garantindo atendimento completo e de qualidade para as crianças do Paraná.