
O infarto agudo do miocárdio, mais conhecido como ataque cardíaco, segue sendo uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Mas o que ainda pouca gente sabe é que o corpo costuma emitir sinais claros nos primeiros minutos, e identificá-los rapidamente pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Segundo o cardiologista e pesquisador Rafael Marchetti, os sintomas iniciais do infarto são específicos e jamais devem ser ignorados. Reconhecer o que o corpo está tentando dizer pode salvar você ou alguém próximo.
“A maioria dos pacientes apresenta sintomas de infarto, mas muitas vezes eles são subestimados, atribuídos ao estresse ou a problemas digestivos e essa interpretação equivocada é extremamente perigosa”, alerta o cardiologista.
O corpo dá sinais
Os sintomas clássicos são mais conhecidos, dor ou pressão intensa no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, costas, pescoço ou mandíbula, mas há outras manifestações menos óbvias que também exigem atenção.
“Sudorese fria, falta de ar, tontura, náuseas e uma sensação repentina de ansiedade intensa são sinais que, juntos ou isoladamente, podem indicar que algo está errado com o coração”, explica Marchetti.
Sinais de alerta
Em casos de suspeita de infarto, a rapidez no atendimento é fundamental, pois quanto antes o paciente chegar ao hospital, maiores são as chances de minimizar danos ao músculo cardíaco e evitar complicações graves ou fatais.
“Quanto mais rápido o socorro, melhor o prognóstico, por isso, qualquer sintoma suspeito deve ser levado a sério e atendido com urgência”, reforça Marchetti.
Como coordenador de pesquisa clínica do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, o Rafael Marchetti destaca que os avanços na detecção precoce e no acompanhamento de risco cardiovascular são parte fundamental da medicina moderna.
Por meio de estudos clínicos, é possível desenvolver estratégias mais eficazes para prevenção, diagnóstico e tratamento.
“A ciência nos permite entender melhor os padrões que antecedem o infarto e como intervir antes que ele ocorra. Investir em pesquisa é investir em vidas”, completa o especialista.