Radiologists looking at brain scans
Créditos: Envato

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) supera, desde 2019, o número de morte de causa cardiovascular no Brasil, seguido do infarto. Entre os principais sintomas que podem indicar que alguém está tendo um AVC, estão a fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna; confusão mental; fala enrolada ou dificuldade em entender o que é falado; alteração na visão; perda de equilíbrio, coordenação ou tontura e dor de cabeça súbita e intensa.

Assim como os mais de 110 mil atingidos pela doença no Brasil em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, Antonio Pacheco foi vítima de um AVC e sentiu os sintomas de repente, quando estava no mercado. Ao tentar pegar um produto na prateleira, notou dificuldade em controlar o braço. Sem sentir dor ou outros sintomas mais graves, acreditou ser apenas um desconforto causado por uma má posição durante o sono.

Ele voltou dirigindo para casa, mas, durante o almoço, não conseguiu segurar o talher e levar a comida à boca. Foi então que decidiu procurar atendimento médico no Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba, onde mora. Ao sair do carro, percebeu que sua perna esquerda começava a se arrastar.

“Eu não sentia dor no peito nem em outras partes do corpo, então não tinha noção da gravidade. Só percebi a seriedade do caso quando fui encaminhado à UTI. No dia seguinte, já iniciei a fisioterapia, que sigo até hoje”, relembra Pacheco.

Pacheco não sabia, mas seu diagnóstico foi acelerado por um software de inteligência artificial disponível no Hospital São Marcelino Champagnat, chamado RAPID AI. Esse recurso agiliza a análise das imagens de tomografias e angiotomografias, exames fundamentais para diagnosticar o AVC.

“O sistema possui milhares de imagens em sua base de dados e consegue fornecer o diagnóstico em poucos minutos. Ele processa as imagens e envia o resultado para toda a equipe de neurologistas envolvida, destacando as lesões presentes e direcionando o melhor tratamento”, explica o neurorradiologista intervencionista, Gelson Koppe.

Entre os fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver AVC estão a hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, sedentarismo e histórico familiar.

Prevenção

A medicina tem avançado, melhorado o tempo do diagnóstico e tratamentos, mas a prevenção para a doença passa por um estilo de vida saudável, focado na boa alimentação e prática de atividade física. “O AVC é uma doença grave que pode levar à morte. E o estilo de vida saudável é fundamental para salvarmos vidas, com atividade física regular, alimentação adequada, controle da pressão arterial, diabetes e obesidade”, reforça o neurorradiologista intervencionista.