A maior busca por tratamentosd e pele durante os dias frios não é por acaso. A estação oferece condições mais seguras e eficazes para cuidar da pele, especialmente quando o objetivo é tratar rugas, manchas ou melhorar a firmeza.
“O frio permite que a pele se recupere com mais estabilidade, além de reduzir o risco de manchas, que são mais comuns quando há exposição solar durante a recuperação”, explica Caroline Scoz Alves, especialista em laser e tecnologia aplicada à estética, além de atuar como mentora na formação de profissionais da área.
Por que o frio é um aliado da pele
Com menos radiação solar e dias mais nublados, o inverno cria um ambiente mais controlado para a realização de procedimentos que sensibilizam a pele. “Qualquer estímulo que gere renovação — como lasers e peelings — exige resguardo do sol. No verão, isso é difícil de cumprir. Já no inverno, é mais fácil proteger a pele e manter a rotina”, explica Caroline.
Outro ponto favorável da estação é o conforto na recuperação. Sem o calor excessivo, a pele tende a reagir melhor, com menos vermelhidão, inchaço e desconforto. “É como dar à pele o tempo e o ambiente certos para se renovar de forma segura”, resume a especialista.
Cuidados essenciais no pós-tratamento
Mesmo com as vantagens do inverno, o cuidado domiciliar é fundamental para o sucesso do tratamento. Entre as recomendações da especialista estão:
- Evitar maquiagem e protetor solar com cor por pelo menos 48 horas;
- Suspender o uso de vitamina C por 10 dias, para evitar escurecimento da pele;
- Usar apenas produtos novos ou de uso exclusivo, inclusive sabonetes;
- Tomar banhos mais curtos e mornos, para não ressecar a pele;
- Evitar shampoos com química forte na região do rosto;
- Observar sinais como vermelhidão prolongada, especialmente em peles sensíveis ou com rosácea.
“Esses cuidados ajudam a pele a se regenerar com segurança e potencializam os efeitos do tratamento”, reforça Caroline.
Alternativas para quem não pode evitar o sol
Para pessoas com rotina ao ar livre ou que não podem se afastar da exposição solar, existem tratamentos menos agressivos e igualmente eficazes. Um exemplo são os lasers híbridos, que combinam dois tipos de estímulo em uma única aplicação, atingindo camadas diferentes da pele com menor impacto na superfície.
“O resultado é uma renovação profunda com tempo de recuperação mais curto. Em vez dos 90 dias de resguardo de um laser tradicional, conseguimos liberar o retorno à rotina com cerca de 30 dias, com proteção adequada”, explica Caroline.
Outra alternativa são os tratamentos de bioestimulação sem ablação, que estimulam a produção de colágeno sem remover camadas da pele. “São ideais para quem tem melasma, pele mais sensível ou quer resultados progressivos, sem precisar parar tudo para se recuperar”, complementa.
Esses protocolos utilizam tecnologias como infravermelho longo e pressão positiva, promovendo firmeza e viço de forma gradual e segura. Como não deixam marcas visíveis, também são boas opções para quem tem eventos sociais ou compromissos próximos.
Avaliação personalizada é fundamental
Embora o inverno ofereça vantagens para tratamentos faciais, o mais importante é compreender as necessidades específicas da pele e escolher procedimentos que respeitem a rotina, sensibilidade e objetivos de cada pessoa.
“A melhor escolha é sempre aquela feita com informação, avaliação técnica e consciência do que se deseja alcançar”, finaliza Caroline.
Sobre a especialista
Caroline Scoz Alves é especialista em laser e tecnologia aplicada à estética, além de mentora na formação de profissionais da área. É fisioterapeuta pela Universidade Positivo, com mestrado em Física Aplicada ao Laser pela PUC-PR e formação complementar em dermato-funcional, cosmiatria e tecnologias médicas no Brasil, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.
Com mais de 15 anos de atuação em terapias a laser, avaliação clínica personalizada e capacitação profissional, Caroline é diretora técnica da Clínica Senz e da SulLaser Locações, além de membro da Sociedade Americana de Laser e fellow em instituições como a Universidade da Califórnia e a Harvard Medical School.