Julho Amarelo reforça importância do diagnóstico precoce da hepatite

Editado por Alana Morzelli
medico burnout

(Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Julho é o mês dedicado à conscientização e ao combate às hepatites virais, um importante alerta para a saúde pública no Brasil. Essas infecções atingem o fígado e, muitas vezes, se desenvolvem de forma silenciosa, sem sintomas evidentes, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Tipos e características das hepatites

As hepatites mais comuns no país são os tipos A, B e C, mas também existem os tipos D e E. A hepatite D é mais prevalente na região Norte, enquanto a E tem ocorrência mais rara.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2023, foram confirmados 785.571 casos de hepatites virais no Brasil:

Hepatite C: a mais grave

A hepatite C é a que registra o maior número de casos e óbitos no Brasil. É também a principal causa de complicações como cirrose e câncer de fígado. Entre 2000 e 2022, foram identificadas 68.189 mortes pela doença, sendo a maioria na região Sudeste (55,4%).

“A grande dificuldade está em identificar a infecção nas fases iniciais, já que a hepatite C costuma evoluir de forma assintomática. Quando os sinais aparecem, geralmente já está em estágio avançado”, alerta a dra. Alda Cristina Feitosa, médica hematologista da ONA – Organização Nacional de Acreditação.
Ela reforça a importância do teste gratuito disponível em postos de saúde para pessoas com mais de 45 anos, com início imediato do tratamento em caso positivo.

O que a hepatite causa no fígado?

A hepatite é uma inflamação no fígado, causada por vírus, medicamentos, álcool, drogas, ou por doenças autoimunes, genéticas e metabólicas. A gravidade pode variar desde quadros leves até insuficiência hepática, cirrose e câncer. Os sintomas, quando aparecem, incluem:

Formas de contágio

As formas de transmissão variam conforme o tipo de hepatite, mas as principais são:

Perfil das hepatites por região (2020-2023)

Hepatite A

Hepatite B

Hepatite C

Hepatite D

Prevenção por tipo de hepatite

Hepatite A

Hepatite B e C

Hepatite D

Hepatite E

Segurança em ambientes hospitalares

Nos hospitais, a prevenção da transmissão das hepatites B e C envolve protocolos rígidos de biossegurança:

“Fortalecer parcerias com órgãos como a CCIH, SESMT e Secretarias de Saúde também é essencial para manter as ações de prevenção atualizadas e eficazes”, finaliza a Dra. Feitosa.