leucemia
Leucemia mieloide: entenda o que é e como tratar esse tipo de câncer. (Divulgação)

O personagem de Humberto Carrão, Afonso Roitmann, na novela ‘Vale Tudo’, exibida pela Rede Globo, passará por um tratamento bastante traumáticos nos próximos capítulos. Ele foi diagnosticado com leucemia mieloide, que é um tipo de câncer e atinge a medula óssea, parte do corpo responsável por produzir as células do sangue.

Leia mais:

Quando uma pessoa é acometida pela leucemia mieloide há uma multiplicação descontrolada de glóbulos brancos que não funcionam direito. E isso pode prejudicar o funcionamento do organismo como um todo.

A doença pode surgir a partir de múltiplos fatores. Os principais são exposição à radiação ionizante, contato com agentes químicos, como o benzeno, predisposição genética e síndromes hereditárias. A incidência costuma ser maior em adultos e aumenta com o avançar da idade

“A literatura recente destaca que causas ambientais e genéticas desempenham um papel relevante, sendo a exposição ocupacional e as terapias prévias com quimioterapia ou radioterapia também reconhecidas como fatores de risco importantes”, afirma Andreza Velez, hematologista e professora do curso de Medicina da UNINASSAU Boa Viagem.

Quais são os sintomas?

O diagnóstico definitivo da leucemia mieloide requer a realização de exame da medula óssea. Os principais sintomas incluem fadiga, palidez, infecções frequentes, sangramentos fáceis, dores ósseas, perda de peso inexplicada, dificuldade respiratória, febre e sudorese noturna, especialmente quando esses sinais persistem ou se agravam. A escolha do tratamento varia de acordo com a idade do paciente e a disponibilidade de um doador compatível.

De acordo com a especialista, o transplante de medula óssea é indicado em casos mais graves ou de difícil resposta à quimioterapia. “Ele acontece, principalmente, em situações de leucemia mieloide aguda (LMA) de alto risco, recaída após remissão inicial ou quando há resposta inadequada à quimioterapia convencional”, esclarece.

Na leucemia mieloide crônica (LMC), a cirurgia pode ser considerada em pacientes que não respondem ou apresentam intolerância às terapias alvo, como os inibidores de tirosina quinase, ou em situações de progressão para fase acelerada ou blástica.

Os exames laboratoriais são fundamentais para distinguir a leucemia mieloide de outras doenças hematológicas. “A diferenciação laboratorial se baseia em achados do hemograma, como leucocitose (ou leucopenia), anemia e trombocitopenia, além da presença de blastos circulantes”, explica a médica.