Com a chegada da primavera, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) alerta para o aumento da presença de abelhas nas áreas urbanas, especialmente devido à maior oferta de alimentos para os insetos. Segundo a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, ruídos de motosserras e cortadores de grama podem agitar colmeias, tornando as abelhas mais agressivas. “Os casos mais comuns de ataques ocorrem durante podas de árvores e corte de grama, tanto a pessoas quanto a animais domésticos”, explica.
A capitã recomenda que, ao se deparar com um enxame, a pessoa busque imediatamente um local fechado, como casa ou veículo, mantendo portas e janelas fechadas até que as abelhas se dispersem. Além disso, colmeias devem ser manipuladas apenas por apicultores especializados, já que exterminar abelhas configura crime ambiental.
As picadas podem ser dolorosas e perigosas, principalmente para pessoas alérgicas. Quem não é alérgico pode suportar até 100 ferroadas antes de entrar em choque anafilático, mas picadas na face, cabeça ou pescoço apresentam maior risco. “Em pessoas alérgicas, apenas uma picada pode ser suficiente para obstruir as vias respiratórias e causar asfixia”, alerta a capitã.
Em 2023, o CBMPR registrou um ataque simultâneo a 15 pessoas na Praça Eufrásio Correia, no Centro de Curitiba, durante o qual um bombeiro também foi picado. As viaturas do Corpo de Bombeiros são equipadas com roupas de apicultor e material especializado para garantir segurança no atendimento.
Em caso de ataques, as vítimas devem ser encaminhadas imediatamente ao hospital. O atendimento pode ser solicitado pelo Siate, telefone 193. Ao remover ferrões, a orientação é raspar o ferrão com um objeto rígido e limpo, evitando o uso de pinças para não liberar mais veneno.