
Estudos revelam uma conexão entre os alimentos e a saúde mental maior que a imaginada. Ainda que o termo evoque, como primeira associação, a psicoterapia ou medicação, a ciência revela o papel da alimentação. Estudos recentes apontam que uma dieta de qualidade não apenas protege contra o risco de depressão, como pode reduzir sintomas já instalados quando associada ao tratamento usual.
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Uma pesquisa publicada no Journal of Affective Disorders revelou que pessoas que seguem padrões alimentares ricos em frutas, vegetais, leguminosas, grãos integrais, peixes e azeite têm até 30% menos risco de desenvolver depressão em comparação àquelas com dietas baseadas em ultraprocessados e açúcar.
Segundo o professor do curso de Nutrição do Centro Universitário Afya Itaperuna, Diego Righi, “o alimento não só nutre o corpo, como também conversa com o cérebro por vias metabólicas, inflamatórias, hormonais e pela microbiota”. Escolhas conscientes, como incluir fibras, polifenóis e ômega-3, ajudam a reduzir a inflamação sistêmica, estabilizam a glicemia e favorecem a produção de neurotransmissores importantes para o humor, como serotonina e dopamina.
Intestino tem papel central
Outro ponto central nessa relação é o intestino. “Chamamos o intestino de ‘segundo cérebro’ porque ele tem um sistema nervoso próprio e se comunica com o sistema nervoso central por meio do nervo vago, hormônios e mediadores imunes”, destaca o docente da Afya Itaperuna.
A microbiota intestinal, formada pelos trilhões de microrganismos que habitam o trato digestivo, tem papel decisivo nesse processo: regula inflamações, influencia a produção de serotonina e impacta diretamente circuitos ligados ao estresse.
Na prática clínica, dietas ricas em fibras e diversidade vegetal podem melhorar a microbiota em poucas semanas. Alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir e chucrute, também auxiliam nesse equilíbrio. “Já os probióticos podem ser coadjuvantes em alguns quadros de humor, mas sempre como complemento, nunca em substituição ao tratamento médico ou psicológico” afirma o especialista.
Dicas do nutricionista para a saúde mental
Para uma alimentação que favoreça a saúde mental, Diego Righi recomenda práticas como:
1.Adote um padrão alimentar protetor: inclua frutas, grãos integrais, vegetais, castanhas e peixes como sardinha.
2.Reduza excessos: evite ultraprocessados, açúcares e carnes processadas.
3.Valorize o que é nosso: aposte em alimentos regionais ricos em antioxidantes, como açaí e jabuticaba.
4.Tenha consciência nas escolhas: cada refeição é uma oportunidade de investir em bem-estar, resiliência e qualidade de vida.
Por fim, o nutricionista da Afya Itaperuna ressalta que a adoção desses hábitos já promove melhorias perceptíveis tanto na saúde física quanto na mental. “A comida pode ser nossa primeira aliada na saúde mental. Quando escolhemos bem o que colocamos no prato, estamos também escolhendo bem-estar, resiliência e qualidade de vida”.
Sobre a Afya
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina, e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.