Com a queda das temperaturas e o aumento do tempo em ambientes fechados, cresce o risco de infecções respiratórias durante o inverno. Entre as doenças que mais preocupam os profissionais de saúde estão as causadas pelo Streptococcus pneumoniae, bactéria que pode levar a complicações graves, como pneumonia, meningite e septicemia. A vacinação é uma das principais formas de prevenção.
“O inverno coincide com um período de maior circulação viral, o que amplia o risco de infecções respiratórias, principalmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Manter a vacinação em dia é fundamental para evitar complicações sérias”, alerta o infectologista Claudilson Bastos, consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entre 1º de janeiro e 1º de maio de 2025 foram registrados 4.120 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desse total, 312 (7,57%) foram confirmados como Influenza. Salvador lidera o número de notificações, com 138 casos. O aumento de ocorrências entre crianças menores de um ano também acende um alerta, indicando a necessidade de ampliar a cobertura vacinal nessa faixa etária.
“As síndromes gripais podem favorecer infecções bacterianas secundárias, como pneumonia e meningite. Por isso, além da vacina contra a gripe, é essencial considerar a proteção contra o Streptococcus pneumoniae”, reforça Bastos.
A vacina pneumocócica está disponível tanto no sistema público de saúde quanto na rede privada. No Sabin Diagnóstico e Saúde, uma das opções é a Pneumo 20, vacina conjugada que protege contra 20 sorotipos da bactéria. É indicada para adultos e idosos — especialmente aqueles com doenças crônicas ou imunossuprimidos — e pode ser aplicada em dose única a partir dos dois anos de idade. Para bebês de 7 a 11 meses são recomendadas três doses, enquanto crianças de 12 a 23 meses devem receber duas doses.
“Vacinar-se vai além da proteção individual. É um compromisso coletivo com a saúde pública. Quanto maior a cobertura vacinal, menor a circulação de agentes infecciosos e maior a proteção para toda a comunidade”, finaliza o especialista.