O Vape, dispositivo eletrônico usado para inalar vapor, apesar de ter a comercialização proibida no Brasil, tem avançado entre a população. Criado como propósito de ajudar fumantes a deixarem o tabagismo, o dispositivo se tornou um dos maiores riscos à saúde, principalmente de jovens.
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O vape é um dispositivo eletrônico que tem sido usado para inalar vapor, geralmente contendo nicotina, aromatizantes e outros químicos. O maior público deste produto é o jovem.
Antes considerado uma alternativa ao cigarro, diversos estudos mostram que ele, na verdade, causa ainda mais impactos negativos à saúde, principalmente do coração.
Efeitos do vape ao coração
De acordo com um estudo realizado pelo American College of Cardiology, o uso de vapes e cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de insuficiência cardíaca em 19%.
Mas os impactos podem ser ainda maiores pois segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto do Coração (Incor) em parceria com a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), um vape equivale a uma exposição de nicotina equivalente a 120 cigarros.
Além disso, o tabagismo, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é responsável por cerca de 30% das mortes por doenças cardíacas no Brasil e aumenta em até três vezes o risco de infarto.
De acordo com o médico cardiologista Roberto Yano, a nicotina é prejudicial à saúde cardiovascular e aumenta o risco de doenças cardíacas.
“A nicotina é altamente prejudicial ao coração, aumenta a pressão arterial, acelera os batimentos cardíacos, estreita os vasos sanguíneos e isso sobrecarrega o sistema cardiovascular”.
“O cigarro já é um fator de risco para a saúde cardiovascular, mas com essas versões ainda mais concentradas e agressivas ele se torna ainda mais perigoso para o coração”,
alerta o cardiologista.