
Aumento benigno ou câncer de próstata? Muitos homens passam por essa dúvida. Com o envelhecimento, as queixas relativas ao aparelho urinário, principalmente à próstata, se tornam muito corriqueiras. As mais frequentes são a dificuldade em iniciar o fluxo, o jato fraco, a necessidade de ir à noite no banheiro e a sensação de não esvaziar a bexiga.
Segundo o médico oncologista especializado em câncer de próstata, Pedro Masson, da Oncologia D’Or, esses sinais indicam, na maior parte das vezes, o crescimento benigno da próstata, conhecido por hiperplasia prostática, uma vez que boa parte dos tumores de próstata é assintomática.
“O câncer só provoca sintomas quando está em estágio avançado. Daí a importância de o homem fazer o rastreamento”, explica o especialista.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais comum nos homens, sendo 75% deles diagnosticados a partir dos 65 anos. Em 2025, o Instituto Nacional do Câncer estima que devem ocorrer 71.730 novos casos dessa doença1, que, se identificada de forma precoce, tem até 90% de chance de cura.
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Integram o grupo de risco as pessoas a partir dos 50 anos, aquelas com histórico familiar de câncer, os negros e os indivíduos com síndrome metabólica (hipertensão, diabetes e obesidade), além dos profissionais expostos a metais, radiações e agentes cancerígenos usados na produção da borracha.
Rastreamento
As Sociedades Brasileiras de Urologia (SBU), de Oncologia Clínica (SBOC) e de Radioterapia (SBRT) recomendam que os médicos informem seus pacientes com 50 anos ou mais sobre os benefícios do rastreamento por meio do toque retal e da dosagem sanguínea do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico).
O PSA é uma proteína produzida na próstata, cujos níveis elevados podem indicar a existência de um tumor. Porém, essa alteração ocorre também em razão de quadros infecciosos ou aumento do tamanho da próstata.
O PSA por si só não indica a existência do câncer de próstata. Esse exame precisa ser complementado com o toque retal.
“Por isso, o paciente precisa realizar o exame físico para a identificação de nódulos palpáveis na parte posterior da próstata”, observa o oncologista Pedro Masson. O rastreamento nos demais grupos de risco deve começar aos 40 anos. Segundo a SBU3, o preconceito e a desinformação são os principais responsáveis pela recusa dos homens em fazer o exame físico.
Terapias distintas para doenças diferentes
O tratamento dos casos leves e moderados da hiperplasia prostática requer o uso de três classes de medicamentos: os inibidores da 5-alfa-redutase, os alfabloqueadores e os fitoterápicos. Na falta de resposta a essas terapias, recomenda-se a cirurgia para remover o excesso de tecido da próstata que bloqueia a uretra, dificultando a micção e obrigando a ida frequente ao banheiro.
Já o câncer de próstata, em seu estágio inicial, demanda tratamentos localizados, que consistem em terapia hormonal, cirurgia e radioterapia. Recém-introduzida no Brasil, a cirurgia robótica permite a retirada da próstata com incisões pequenas e alta precisão, proporcionando a recuperação mais rápida do paciente e menor risco de complicações.
Para pacientes com câncer de próstata metastático, o tratamento mais recente é o PSMA-Lutécio 177. Trata-se de uma substância radioativa que danifica o DNA da célula cancerígena e provoca sua morte. O tratamento demanda de quatro a seis aplicações, sendo melhor tolerado que a quimioterapia.
Oncologia D’Or
A Oncologia D’Or opera uma rede com mais de 60 clínicas em 12 estados brasileiros e no Distrito Federal. Seu corpo clínico é formado por mais de 500 especialistas em oncologia, radioterapia e hematologia, que, junto às equipes multiprofissionais, entregam um cuidado integral, personalizado e de excelência ao paciente.
Em estreita integração com grande parte dos mais de 79 hospitais da Rede D’Or, a instituição proporciona uma experiência assistencial abrangente, combinando terapias avançadas e os modelos mais modernos de medicina integrada, assegurando agilidade, eficiência e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, desde o diagnóstico até a recuperação.