Tranquilidade é um dos motivos que turistas procuram cidades fora do eixo turístico mais urbano (Franklin de Freitas)

Quitandinha e Agudos do Sul, pequenas cidades da Região Metropolitana de Curitiba, receberam, pela primeira vez, uma reserva pelo Airbnb aplicativo de reserva de locação. No Paraná, outras quatro cidades também tiveram a primeira reserva com o maior número de noites alocadas.

Procura por pequenas cidades estão em alta. As viagens domésticas para destinos não urbanos se tornaram uma tendência no pós-pandemia, de acordo com o relatório da Airbnb sobre distribuição do turismo na América Latina.

Três Barras do Paraná, Inácio Martins, Faxinal e Sertanópolis foram as outras cidades do Paraná entre as 50 do Brasil que receberam a sua primeira reserva com maior duração neste ano. A Região Sul do país foi um destaque, com 26 cidades na lista.

“Esse dado demonstra o potencial turístico da região e as oportunidades para que mais pessoas se tornem anfitriãs através do Airbnb”, analisa a Diretora Geral do Airbnb na América do Sul, Fiamma Zarife.
Zarife percebe essa tendência de viagens para meios não urbanos, por isso a reservas em pequenas cidades, como as do Paraná não são surpresa. As diárias de acomodações reservadas por moradores locais em áreas não urbanas aumentaram 150% em 2022 em comparação com 2019, ano pré-pandemia.
No país, 600 cidades receberam a primeira reserva pelo Airbnb desde 2020. Muitas delas não tinham prévia oferta de hotéis, mas receberam mais de 650 mil hóspedes graças às estadias domésticas.

Mas quem são os turistas conhecendo o Paraná e o Brasil?
De acordo com a Diretora Geral do Airbnb, o Brasil recebe turistas de todas as partes do mundo. No entanto, nos últimos anos destacam-se as viagens domésticas, de brasileiros conhecendo o próprio país. Com a pandemia e suas restrições, o interesse por viagens de carro e em família aumentou. O crescimento foi de 130% em 2022 em comparação com 2019.

Já em relação a duração das estadias, o Airbnb também nota que a flexibilidade de alguns trabalhos, principalmente home office, permitiu que as viagens de longa duração se tornassem uma opção mais escolhida. No entanto, as estadias de apenas um final de semana continuam em alta.
Zarife acredita que o impacto seja positivo, em todos os aspectos. “É um cenário em que todos ganham: enquanto viajantes conhecem mais o Brasil, mais destinos podem se beneficiar do impacto econômico positivo gerado pelo turismo, inclusive locais que antes estavam fora da rota turística tradicional”, diz.

“Tem espaço e demanada para todos”
Com a chegada do Airbnb no Brasil em 2012, muito se discutiu sobre a concorrência com outros participantes do setor, como hotéis e pousadas. Em 2021, por exemplo, a empresa de locação de casas gerou mais de US$ 4 bilhões para o país. Zarife pontua que a Airbnb busca fomentar e expandir o turismo no país, deixando espaço para todos do setor.

“O Airbnb acredita que há espaço para todos os participantes do setor, o que abre cada vez mais oportunidades para o viajante e para as cidades. Além disso, o Airbnb e o setor hoteleiro respondem a diferentes necessidades de diferentes tipos de hóspedes e diferentes tipos de viagens ou momentos de viagem. Uma viagem em família tem demandas que uma viagem a negócios, por exemplo, não teria”, finaliza a Diretora Geral.

As mais mais
Lista das 50 cidades brasileiras que receberam sua primeira reserva pelo Airbnb e tiveram maior número de noites reservadas

Andradina: São Paulo, BR
Aurora do Tocantins: Tocantins, BR
Boqueirão do Leão: Rio Grande do Sul, BR
Campestre: Minas Gerais, BR
Limoeiro do Norte: Ceará, BR
Colinas: Rio Grande do Sul, BR
Santo Antônio de Goiás: Goiás, BR
Pirajuí: São Paulo, BR
Rio do Campo: Santa Catarina, BR
Quitandinha: Paraná, BR
Vespasiano Corrêa: Rio Grande do Sul, BR
Santo Antônio do Pinhal: Minas Gerais, BR
Itaguara: Minas Gerais, BR
Arroio dos Ratos: Rio Grande do Sul, BR
Boa Vista do Sul: Rio Grande do Sul, BR
Passo do Sobrado: Rio Grande do Sul, BR
Vazante: Minas Gerais, BR
Restinga Seca: Rio Grande do Sul, BR
Barão: Rio Grande do Sul, BR
Três Barras do Paraná: Paraná, BR
São Brás do Suaçuí: Minas Gerais, BR
Cotiporã: Rio Grande do Sul, BR
Capela de Santana: Rio Grande do Sul, BR
Agronômica: Santa Catarina, BR
Cerro Corá: Rio Grande do Norte, BR
Inácio Martins: Paraná, BR
José Boiteux: Santa Catarina, BR
Serafina Corrêa: Rio Grande do Sul, BR
Palmelo: Goiás, BR
São Miguel do Tocantins: Tocantins, BR
São Gonçalo do Rio Abaixo: Minas Gerais, BR
Junqueirópolis: São Paulo, BR
São João do Polêsine: Rio Grande do Sul, BR
Guaçuí: Espírito Santo, BR
Rio do Oeste: Santa Catarina, BR
Faxinal: Paraná, BR
Agudos do Sul: Paraná, BR
Jales: São Paulo, BR
São Vendelino: Rio Grande do Sul, BR
Cajuru: São Paulo, BR
São Domingos do Prata: Minas Gerais, BR
Barroquinha: Ceará, BR
Sertanópolis: Paraná, BR
Nicolau Vergueiro: Rio Grande do Sul, BR
Cromínia: Goiás, BR
Ibituruna: Minas Gerais, BR
Monte das Gameleiras: Rio Grande do Norte, BR
Bom Repouso: Minas Gerais, BR
Serra Alta: Santa Catarina, BR
Querência: Mato Grosso, BR

Lívia Berbel, sob supervisão de Mario Akira