
O Parque Estadual do Palmito, localizado em Paranaguá, no Litoral do Paraná, foi o cenário de uma importante ação de educação ambiental realizada pelo Instituto Água e Terra (IAT) nesta quarta-feira (19). A iniciativa faz parte do programa Paraná Mais Verde e visou colaborar com a regeneração da Unidade de Conservação (UC). Durante a ação, 21 voluntários participaram do plantio de 150 mudas de cinco espécies nativas da Mata Atlântica: guanandi-mangue, palmito-juçara, ingá-macaco, cedro-rosa e cerejeira-do-mato.
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As mudas plantadas são produzidas pelos viveiros florestais do IAT e foram escolhidas com base nas características específicas da região. As espécies selecionadas são predominantemente secundárias, ou seja, possuem crescimento mais lento e são adaptadas a ambientes sombreados, características típicas da Floresta Ombrófila Densa, que predomina no Litoral paranaense. Vale destacar que as espécies de palmito e cedro estão em risco de extinção, o que torna esse esforço ainda mais significativo para a preservação da biodiversidade local.
A bióloga Pollyana Born, do Instituto Água e Terra, explicou que a escolha das mudas também leva em consideração a necessidade de atrair a fauna local: “As outras três espécies são importantes para atrair animais. Para o plantio de restauração, é fundamental atrair a fauna, pois isso ajuda na dispersão das sementes”, comentou, ressaltando a relevância de envolver os animais no processo de regeneração.
A estudante Julia Ramos, que foi uma das voluntárias, comentou sobre a importância do aprendizado prático durante o plantio: “O que me chamou atenção foi o plantio de mudas nativas. Ouvia falar, mas não tinha noção de que era assim que funcionava a restauração ambiental”, disse, expressando sua intenção de aplicar o que aprendeu na prática dentro da sala de aula.
Outro voluntário, o administrador aposentado Airton Sabin, morador de Matinhos, é um defensor fervoroso do ecossistema litorâneo. Ele foi um dos primeiros a iniciar o plantio e enfatizou a importância do cuidado com o meio ambiente: “É um privilégio você morar no Litoral do Paraná, por isso temos de cuidar do que é nosso. Estamos ajudando a replantar algo para a vida, recuperar espécies que a natureza tanto precisa”, afirmou. “Aqui, na terra, percebemos o quanto esse tipo de atitude é necessária, a diferença que faz para o planeta”, completou.
A atividade também fez parte da programação do Verão Maior Paraná, organizada pelo Governo do Estado, e foi uma ação do IAT, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
O programa Paraná Mais Verde incentiva o plantio de mudas de espécies nativas do Paraná com o objetivo de promover o desenvolvimento ambiental, econômico e social, além de conscientizar a população sobre a importância da arborização tanto em áreas urbanas quanto rurais. As mudas são plantadas em áreas que precisam ser recuperadas ou que necessitam de mais arborização, colaborando assim para o equilíbrio climático.
O programa conta com seis linhas de ação: Revitaliza Viveiros, Viveiros Socioambientais, Incentivo a Espécies Ameaçadas de Extinção, Datas Comemorativas, Parques Urbanos e Poliniza Paraná.
Desde 2019, o IAT, em parceria com seus 19 viveiros e dois laboratórios de sementes, já distribuiu mais de 10 milhões de árvores nativas, cobrindo uma área equivalente a 9 mil hectares de reflorestamento. Os viveiros estão localizados em várias cidades do Paraná, como São José dos Pinhais, Cascavel, Guarapuava, Morretes, Ivaiporã, Toledo, Umuarama, entre outras. Já os laboratórios de sementes estão em São José dos Pinhais e Engenheiro Beltrão.