2 – 36 jogos de Copas foram definidos na prorrogação; Brasil e Argentina nunca perderam

Folhapress

SÃO PAULO, SP – Na história das Copas do Mundo, 36 partidas foram decididas na prorrogação sem a necessidade de chegar nos pênaltis. A última delas foi nesta terça (1º), quando a Bélgica derrotou os Estados Unidos, em Salvador, por 2 a 1.
Das 34 seleções que já disputaram o tempo extra, nenhuma tem desempenho superior a Argentina.
Os argentinos tiveram seu destino em Mundiais decidido três vezes em prorrogações. Em todas elas, a equipe saiu vitoriosa.
Antes de despachar a Suíça, nesta terça (1º), a Argentina já havia derrotado o México nas oitavas de final de 2006 e conquistado o título de 1978, com vitória de 3 a 1 sobre a Holanda, em casa.
BRASIL
Em três ocasiões, a seleção brasileira usou os 30 minutos adicionais para definir a sua permanência em uma Copa.
A única vitória foi na primeira prorrogação. Em 1938, o time dirigido por Adhemar Pimenta empatou com a Polônia em 4 a 4 no tempo regulamentar, depois de estar ganhando por 3 a 1 no intervalo. No tempo extra, Leônidas da Silva marcou duas vezes na vitória de 6 a 5.
Na fase seguinte, o Brasil encarou a Tchecoslováquia. Empate de 1 a 1 nos 90 minutos. Mais 30 minutos e nenhum gol. Então, era disputado um novo jogo, como determinava o regulamento da época.
A terceira prorrogação brasileira também acabou em empate. Foi em 1954, na Suíça. O Brasil ficou em 1 a 1 diante da Iugoslávia na fase de grupos. Após empate no tempo normal, foi necessário tempo extra. Nenhum gol e as duas equipes avançaram para a próxima fase, com um ponto a mais do que os franceses.
Nesta Copa, o Brasil já levou um jogo para a prorrogação, nas oitavas, contra o Chile, mas só conseguiu superar o adversário nos pênaltis.
ITÁLIA
Os italianos são os maiores vencedores de prorrogação. São cinco vitórias, uma derrota e um empate.
Foram eles os primeiros a conquistar um Mundial dessa forma, em 1934. No tempo normal, 1 a 1. No período prolongado deu Itália: 2 a 1.
Depois disso, os italianos eliminaram a Noruega (1938), Alemanha Ocidental (4 a 3 em 1970), Nigéria (1994) e Alemanha (2006). A única queda aconteceu em 2002, para os sul-coreanos, em duelo decidido no gol de ouro e cercado de controvérsias sobre a arbitragem.
HOLANDA
Ninguém se deu tão mal em prorrogações quanto os holandeses. A equipe laranja nunca ganhou no tempo extra, mas já perdeu três vezes.
Aliás, dois desses insucessos foram em decisões. Em 1978, empatou em 1 a 1 no tempo normal, mas perdeu por 3 a 1 da Argentina no tempo extra, após grande atuação do atacante Mario Kempes.
Em 2010, os holandeses ficaram no 0 a 0 contra os espanhóis. Na prorrogação, o zagueiro John Heitinga foi expulso aos 3 minutos do segundo tempo. Sete minutos mais tarde, Andrés Iniesta marcou o único gol do jogo para a Espanha, que conquistou o seu primeiro e único título mundial.
MAIS PRORROGAÇÕES
A Copa-2014 já viu três seleções saírem classificadas ainda na prorrogação. Além da Argentina e Bélgica, a Alemanha eliminou a Argélia, na segunda (30), em Porto Alegre.
Em 2010, apenas dois times conseguiram ganhar na prorrogação.
Mas o recorde de jogos que terminaram ainda na prorrogação foi em 1938: seis.