Na noite de quarta-feira (15), uma moradora da Gávea, bairro do Rio de Janeiro, foi atingida por um porco-espinho que caiu de um poste. O animal caiu na cabeça de Sandra Nabuco, 52 anos, enquanto ela passeava com seu cachorro.

Aproximadamente 200 espinhos ficaram presos ao couro cabeludo da mulher, que foi encaminhada ao Hospital Miguel Couto para receber atendimento médico. Foi um susto enorme. Eu estava caminhando com meu cãozinho na Avenida Marquês de São Vicente, na Gávea, perto do Instituto Moreira Salles, quando, do nada, senti um baque na minha cabeça. Olhei para o chão, vi um bicho. Coloquei a mão na minha cabeça e senti os espinhos. A dor era enorme, lembra Sandra.

Depois do incidente, Nabuco pediu socorro a um porteiro de um prédio próximo. Nesse momento, os dois avistaram o animal passando por uma das grades do edifício.

Em seguida, a mulher foi para casa com seu cachorro. Eu pedi ajuda de vizinhos para procurar ajuda médica. Como na minha rua sempre tem um carro da Polícia Pacificadora estacionado, pedimos ajuda e os agentes me levaram até o hospital Miguel Couto, relata.

Sandra ainda conta que todos no hospital ficaram impressionados com o que havia acontecido com ela. Eu ainda estava meio desorientada. Fui atendida por cirurgião do plantão, que tirou os espinhos do meu couro cabeludo com uma pinça. Tudo sem anestesia. Eu e o médico paramos de contar a quantidade de espinhos quando chegamos em 150. Foram cerca de 200.

A mulher já está em casa e toma medicamentos para acelerar a cicatrização dos furos e evitar infecções. No Facebook, Sandra postou uma imagem de sua cabeça após o incidente com o porco espinho. Eu sou uma mulher forte, se fosse um idoso ou uma criança, matava. Eu também me preocupo com os animais. Já haviam me contado que havia um casal de porcos-espinhos pela região, mas, até então, nunca o tinha visto, declarou.

A Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o caso e a presença de porcos-espinhos na região da Gávea. Também recomendou que, no caso de incidentes semelhantes, as pessoas devem procurar unidades de saúde para serem medicadas.