Existem muitas situações que desconhecemos de consequências de um acidente de trânsito. Atendemos uma vítima que estava sem condições de trabalhar sete meses após sofrer um acidente em que teve 45% do corpo queimado, com mulher e filho pequeno para criar, o servente de pedreiro não tem como trabalhar para pagar aluguel, água e energia elétrica e, para complicar mais, acabou o gás. Nosso personagem foi vítima de um acidente de moto e passou dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mais algumas semanas no quarto e foi para casa para continuar a recuperação. As campanhas
como as que acontecem neste mês de maio são voltadas a prevenção, é claro que muito importante, e sempre mostram as estatísticas de mortos, mas as vítimas como o personagem acima são esquecidas ficam sem nenhum amparo do outro motorista envolvido no acidente e muitas vezes, por desconhecimento, é passado para tras na hora de receber o seguro DPVAT. O trabalho que o projeto Anjos Amarelos se propõe e com essas vítimas. Já passamos por situações de outro homem que com fraturas aguardando para ser operado nos confidenciou: Não posso ficar aqui, tenho dois filhos em casa”. Nessa hora uma simples cesta básica tem valor imensurável.