Divulgação – As Panteras: Elena (Naomi Scott)

As Panteras estão mais poderosas do que nunca. Que o diga o novo filme delas, que estreia nesta quinta-feira (14) e traz as atrizes Kristen Stewart, Naomi Scott, Ella Balinska e Elizabeth Banks. Isso porque as agentes souberam sobreviver ao tempo. Se James Bond virou um espião anacrônico com o passar dos anos, as Panteras acompanharam a evolução da tecnologia e dos costumes. Provas? No primeiro filme das Panteras, produzido no ano 2000, o grande temor era de que o chefão delas, Charlie Townsend, fosse localizado por causa do seu celular (esse spoiler prescreveu). Hoje isso seria banal; os celulares estão altamente integrados à espionagem, de todos os lados.

Como o filme deixa claro logo no começo, as Panteras sobreviveram porque nunca houve apenas um grupo de Panteras – ou os “anjos de Charlie”, de acordo com o título original (‘Charlie´s Angels’). No começo, nos anos 70, sim, era apenas um grupo. Mas a organização cresceu, ultrapassou as fronteiras da Califórnia e virou global. Isso graças ao trabalho de Bosley (Patrick Stewart). Ou melhor, o primeiro dos Bosley, já que outras pessoas ascenderam ao cargo (o nome do cargo virou esse mesmo) com a expansão da organização de Charlie Townsend. Quando esse primeiro Bosley se aposenta, ele ganha uma festa. E, nela, há referências tanto às Panteras do seriado original quando às do filme de 2000 (que gerou uma continuação em 2003). Uma clara demonstração de que o tempo passou, mas as Panteras estão na área.

No filme, Elena Houghlin (Naomi Scott) trabalha numa grande empresa de tecnologia que está desenvolvendo um dispositivo capaz de gerar muita energia, mas também capaz de matar sem deixar vestígios. Ela tenta avisar aos superiores de que se trata de algo potencialmente perigoso, mas, como é uma mulher, ninguém dá ouvidos. Contudo, o dispositivo está no radar de uma das Bosley (Elizabeth Banks), uma ex-Pantera, que destaca as agentes Sabina (Kristen Stewart) e Jane (Ella Balinska), ex-MI-6, para evitar uma tragédia.

O roteiro pode parecer cheio de clichês. Elena Houghlin é inteligente, mas atrapalhada – e acaba virando uma Pantera “sem querer”. Sabina e Jane se antipatizam logo na primeira cena do filme, mas salvam a vida uma da outra quando necessário. E o tal dispositivo será vendido como arma no mercado negro. Além disso, há a possibilidade de uma traição dentro do grupo de espiãs.

Mas as Panteras acompanharam a evolução dos costumes. Na prática, o que diferencia esse filme dos outros é o olhar feminino da diretora e roteirista Elizabeth Banks sobre as agentes. O tom leve, inerente ao seriado e aos filmes do começo do século, foi mantido. Há equilíbrio entre humor e ação. As garotas até querem ser sensuais, mas trabalham duro, são competentes no que fazem e acreditam umas nas outras. Em tempos de empoderamento feminino, nada melhor que contar histórias de mulheres com uma honestidade feminina na abordagem. Sim, as Panteras estão mais poderosas do que nunca.