O cinto é um antigo acessório do vestuário, datado de aproximadamente 3.300 a.C. Provavelmente, também seja o acessório mais versátil do guarda-roupa.

Um rápido olhar ao longo da história e também pelos dias atuais nos permite identificar a sua presença em contextos completamente diferentes e com funções bem distintas. Exemplos? Eles são utilizados para deixar as mãos dos militares livres ao carregarem suas armas, eram usados para elevar o peitoral dos militares do século XIX como sinal de imponência, ajudam a segurar as calças, indicam níveis de habilidades em artes marciais e também auxiliam a enfeitar o visual.

No universo fashion feminino, essa lista de funções cresce ainda mais e vai além de simplesmente enfeitar o visual. A partir de hoje, quero convidar você a olhar esse acessório abandonado com três objetivos: dar acabamento ao look, decorar o visual e definir a silhueta.

 

DAR ACABAMENTO AO LOOK

Sabe quando você coloca uma roupa e parece que está faltando alguma coisa? Comece a reparar: essa coisa são os acessórios, e o cinto pode ser um deles. Cintos com fivelas neutras e discretas são grandes parceiros nessa tarefa de dar um toque final ao look e ainda permitem tranquilamente o uso de um colar que chame atenção. Por outro lado, cintos com fivelas grandes e chamativas costumam “brigar” com os colares, principalmente se forem compridos.

Costumo dizer que não basta ter a peça certa, é preciso saber usar. E o saber usar é um treino que acontece sempre que colocamos uma roupa no corpo: nada de “colocou e pronto”. Teste as possibilidades de arrumação: por dentro da calça, por fora da calça, metade pra dentro e metade pra fora, amarrada e sem amarrar, fechada e aberta, com cinto e sem cinto. Enfim, é assim que começamos a multiplicar as opções do guarda-roupa. Só o cinto nos permite várias possibilidades nesse sentido. Veja só:

 

Cinto usado com lenço e echarpe:

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Imagem 1: Olivia Palermo | Imagem 3: reprodução glamradar.com

 

Cinto com cardigan, por cima e por baixo:

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Imagens: reprodução modaculturamix.com

 

Cinto transformando o vestido:

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Imagem: reprodução quevestidousar.com

 

Cinto por cima do blazer ou colete:

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Imagem: reprodução womenfashionly.com

 

DECORAR O VISUAL

Diferente do que acontece com os homens, a cor do cinto não precisa ser a mesma cor do sapato ou da bolsa. Quando esses itens ficam todos iguais, não tem erro, mas dependendo da combinação geral do look, o resultado pode passar uma imagem mais conservadora (o que também não é errado se esse for o seu objetivo). Se você, gosta de um apelo mais moderno, a dica é combinar os acessórios com o estilo da roupa que estiver usando e escolher o sapato ou o cinto para ser o item de mais destaque. Um truque bom para você se sentir mais segura com as escolhas descombinadas é: tire uma foto do seu look e se observe nele. Quando tudo está em harmonia, o nosso olhar passeia naturalmente da cabeça aos pés, sem travar em algum ponto de informação. É como se ficasse gostoso de olhar! E já que a ideia é decorar, vale lembrar que o estilo também está nos detalhes. Fechar o cinto com um nó em vez de seguir o fechamento tradicional pode agregar mais um ponto ao visual.

 

Imagem 2: Getty Images/ Agnews | Imagem 3: Helena Lunardelli/ dojeitoh.com.br | Imagem 4: stealthelook.com.br

Imagem 2 e 4: Getty Images/ Agnews | Imagem 3: Helena Lunardelli/ dojeitoh.com.br

 

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Imagem: reprodução melhoramiga.com.br

 

DEFINIR A SILHUETA

Além de dar acabamento e decorar, o cinto também pode ajudar a desenhar a silhueta. No entanto, para conseguirmos o efeito desejado, precisamos nos atentar a dois itens importantes e que fazem toda a diferença: a largura do modelo escolhido e a altura/posição no corpo.

Como o assunto é extenso, na próxima semana continuarei com mais dicas relacionadas às silhuetas. Continue acompanhando e enviando suas dúvidas por aqui 😉