Certa vez, ouvi de uma cliente: “eu não aguento mais me fantasiar para trabalhar”. Ela se referia ao desejo de se libertar do guarda-roupa formal, que diariamente compunha a sua vestimenta de juíza. Na contramão, ela observava a informalidade que uma nova geração está trazendo ao ambiente corporativo, cuja forma de se vestir demonstra mais personalidade e autenticidade. Ela queria isso para ela também.
No último domingo, acompanhamos a cerimônia do Oscar 2020. Pelo pouco que pude acompanhar nos noticiários pós-evento, uma coisa me chamou a atenção: a bandeira da autenticidade está, de fato, aumentando. E, com ela, vem também a informalidade. Nesse caso, não apenas em relação à vestimenta, mas especialmente em relação à atitude.
Julia Butters, atriz mirim, resolveu levar o lanche de casa: “Estou levando um sanduíche de peru. Muitas vezes a comida daqui não é para mim, muita coisa que eu não gosto”.
(Foto: Getty Images)
Jane Fonda reciclou o vestido que já havia usado no Festival de Cannes, em 2014 (sem contar o protesto silencioso que fez carregando nos braços o seu emblemático casaco vermelho). Outras convidadas também optaram por repetir looks usados em festas anteriores.
(Imagem: Getty Images)
Joaquim Phoenix, que também vem repetindo o terno nas premiações, comemorou o prêmio (e o discurso!) de melhor ator do ano comendo hambúrguer na calçada. Sua noiva, e também atriz, Rooney Mara, foi junto e ainda mostrou que trocou o salto alto pelo conforto do All Star.
(Reprodução/Greg Willians/Instagram)
Kristen Anderson Lopez: mais uma que deixou o salto…
(Imagem: Amy Sussman/Getty Images)
Se antes o tapete vermelho só abria oportunidade para protestos, parece que também vem abrindo oportunidade para mostrar a vida como ela é!