Oie, aqui é a Elana Borri! Tudo bem?

Hoje estou aqui – a convite da Bru – para falar sobre maquiagem para pele negra.

Desde que foi inventada, a ideia da maquiagem era ser universal e representar expressões e momentos importantes. Mas, sabemos que não é bem assim que a banda toca. Com a ascensão do uso de makes pela nobreza, principalmente na Europa, uma boa parte da população foi deixada de lado: a população negra. É claro que, com muita criatividade, o povo negro conseguiu bancar o seu desejo de usar maquiagens do tom e cor que desejavam.

Um fato “curioso” sobre esse mundo é que somente a partir de 2010, as pessoas negras foram “lembradas” pelas marcas e incluídas nos seus portfólios de cores. E com isso eu quero trazer uma reflexão: realmente as marcas não lembravam de nós? Ou será que não havia interesse em incluir essas cores? Porque pessoas negras precisam lutar tanto para terem coisas básicas, como uma simples cor de base que combine com a pele?

Outro grande marco aconteceu em 2017, quando a atriz, cantora e empresária Rihanna lançou sua marca de maquiagens: a Fenty Beauty. Logo no início, a caribenha trouxe 40 tons de base, fato inédito na indústria e que hoje permeia diversas marcas a fim de abranger o rol de tonalidades. Foi preciso que uma mulher negra de enorme expressividade como a Rihanna lançasse sua marca para, só assim, acordar e mexer com o mercado mundial. Aqui, no Brasil, essa cartela com mais opções só chegou agora, em pleno 2020, com a blogueira brasileira Bruna Tavares. Sua nova base líquida, a BT SKIN, têm 30 opções de cores e ainda há possibilidade de crescimento dessa cartela.

Que bom que isso finalmente aconteceu! Hoje, qualquer marca de maquiagem que lance novos produtos tem que estar atenta as opções de cores para pessoas negras. E não basta ser a cor certa (ou como chamamos, o tom), ela precisa se adequar e se adaptar à pele mais escura, já que ela tem necessidades e características diversas da pele branca. Finalmente esses tempos já estão ficando para trás, já que esse movimento de inclusão tem acontecido com mais frequência. Pode ser que essas marcas estejam fazendo isso pelo dinheiro que podem ganhar? Pode, mas a verdade é que finalmente o povo preto está sendo lembrado nesse meio, e eu sei que a partir de agora, não seremos mais esquecidos.