Fonte imagem: https://iepec.com/abiec-e-ufsc-preparam-levantamento-sobre-uso-de-automacao-e-robotica-em-frigorificos/

A Federação Internacional de Robótica (IFR) International Federation  of Robotics indica que desde 2015 está aumentando anualmente 15% da produção de robôs industriais. Essa condição de crescimento gera uma forte mudança na realidade de empregabilidade das pessoas.  Em contrapartida, surge grande interesse no conhecimento sobre automação e robótica.

Existe uma grande confusão a respeito dos benefícios e prejuízos sociais e econômicos que a automação e robótica causam para a sociedade. A respeito dos benefícios, a substituição da máquina pelo trabalho dos seres humanos auxilia na melhora da qualidade de vida dos trabalhadores. Evitando que estes se desgastem física e psicologicamente com atividades repetitivas e que geram estresses pela pressão existente no processo produtivo em busca da qualidade total.

Sob a perspectiva dos prejuízos, é visível o alto índice de desempregos que os diferentes países apresentam com a absorção de novas tecnologias no processo produtivo. Diante dessa realidade, a Educação pode ser considerada como a maior responsável por esse prejuízo, por não acompanhar a evolução tecnológica no mesmo ritmo.

Apenas algumas Instituições Educacionais – IE apresentam os processos educacionais em condições de capacitar profissionais para acompanhar essa realidade produtiva tão dinâmica. As IEs precisam se desenvolver no mesmo ritmo que os processos produtivos. Precisam se tornar capazes de se adaptar em maior velocidade, provocando mudanças significativas na formação de colaboradores de uma empresa, auxiliando na condição de competitividade destas.

A grande demanda das empresas que atuam no mercado mundial extremamente competitivo é o atendimento das expectativas dos clientes, com baixo custo e alta qualidade produtiva. Para melhor atender a essa demanda, a automação e a robótica estão em primeiro lugar.

Para a International Organization for Standardization – IOS, os robôs são considerados como máquinas que realizam tarefas por meio do uso de softwares sem que haja interação com humanos. Existem diferentes tipos de robôs, conforme especificado na Tabela a seguir.

Para melhor detalhar os diferentes tipos de robôs, estes são diferenciados por padrões estruturais e por sua vez, classificados pelas suas características estruturais e de movimento, conforme apresentado mo quadro a seguir.

Segundo o Centro de Economia e Pesquisa de Negócios em 2017 foi identificado que a densidade robótica, representada por números de robôs por milhões de horas trabalhadas está associado a um aumento de 0,04% na produtividade do trabalho.

Graetz e Michaels em 2015 apresentaram um estudo sobre essa densificação no período de 1993 a 2016. Indicando que nesse período houve um crescimento de 0,36 e 0,37 pontos percentuais em 17 países estudados. Representando 10% de crescimento, quando comparado com a contribuição total de 0,35% no crescimento anual de produtividade do trabalho com a tecnologia a vapor desenvolvida em 1850 e 1910.

McKinsey Global Institute em 2017 informou que o investimento em robôs gerou 10% de crescimento do PIB per capita nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Seguindo essa lógica o aumento da metade desse investimento em automação, pode ser responsável por garantir o crescimento de 2,8% do PIB nos próximos 50 anos.

Ficando para a Educação a responsabilidade de ser atuante na inovação de seus processos educacionais de maneira que estes promovam a condição de qualidade de vida para TODAS as pessoas, alterando a realidade atual, bem como a possibilidade futura de piorar o número alarmante de desempregados no planeta.

Fonte:

https://doi.org/10.29148/labor.v1i3.9286

https://ifr.org/img/office/IFR_The_Impact_of_Robots_on_Employment.pdf

http://cep.lse.ac.uk/pubs/download/dp1335.pdf 

http://cidadejunior.org.br/Interna/8/aprendizagem