Reprodução/Arquivo BP

A Delegacia de Estelionato de Curitiba recebeu no fim da manhã desta sexta-feira (24 de maio) denúncia de uma corretora de bitcoins de Curitiba sobre um esquema de fraude que vinha fazendo saques duplicados, valendo-se de uma vulnerabilidade na plataforma de operações de compra e venda de criptomoeda. Cerca de 30 nomes já foram identificados e apresentados ao delegado Emanoel David, para abertura de inquérito.

Apenas um dos fraudadores teria conseguido sacar R$ 2 milhões ilegalmente, mas o montante total do golpe pode chegar a R$ 50 milhões assim que todos os nomes envolvidos forem identificados. Para isso, os técnicos estão consultando toda a base de dados e movimentações feitas nos últimos três meses. O delegado David já solicitou as informações para dar prosseguimento à investigação.

A investigação interna do grupo, que tem sede em Curitiba e é dono das duas maiores corretoras de bitcoins do Brasil, vem sendo feita desde a semana passada, quando surgiram as primeiras suspeitas sobre o golpe. Os técnicos da área de TI identificaram súbito aumento de patrimônio de alguns clientes, decorrente de operações suspeitas de trade (compra e venda de criptomoeda).

Para evitar mais prejuízos com saques fraudulentos, o Grupo adotou a operação manual dos pagamentos solicitados, o que gerou lentidão no atendimento aos clientes desde quinta-feira, dia 16. Com isso, conseguiu monitorar cada pedido feito e começar a identificar os fraudadores.

Nesta tarde o delegado da Estelionato e o porta-voz do grupo darão mais detalhes sobre a denúncia.

As informações são da Polícia Civil do Paraná.