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O traficante Elias Pereira da Silva, 54 anos, conhecido como Elias Maluco, foi encontrado morto na tarde desta terça (22), na Penitenciária Federal de Catanduvas, na região Oeste do Paraná. A informação foi confirmada pelo Departamento Penitenciário (Depen). Ele foi preso em 2002 e condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, em junho daquele ano.  A família já foi comunicada da morte pelo Serviço Social do Presídio Federal de Catanduvas. A Polícia Federal foi chamada para fazer a perícia no local.

Elias Maluco foi preso no dia 19 de setembro de 2002 e foi condenado a 28 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, morto em junho daquele ano enquanto fazia uma reportagem sobre abuso de menores em um baile funk da favela Cruzeiro.  Em 2013, Elias foi condenado a mais 10 anos, sete meses e 15 dias de prisão, pelo crime de lavagem de dinheiro. 

Elias era apontado como membro de uma organização criminosa liderada por Antonio Ilário Ferreira, o Rabicó, do Comando Vermelho. Mesmo dentro do presídio federal, Elias teria exercido funções de liderança no grupo, conforme denúncia do Ministério Público. Segundo investigações, Elias chegou a comandar o tráfico de drogas  em em 30 favelas da região do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ele tinha condenações que somavam 46 anos de prisão, a mais recente pela morte de Tim Lopes.

O traficante ficou conhecido pelos métodos bárbaros com que matava pessoas. O corpo de Tim Lopes, por exemplo, foi carbonizado numa fogueira de pneus conhecida como micro-ondas e só pôde ser reconhecido após exame de DNA. Outras seis pessoas foram condenadas por participação no crime.

Veja na íntegra nota emitida pelo Depen sobre a morte de Elias Maluco:

“O Departamento Penitenciário Nacional informa sobre o falecimento do preso Elias Pereira da Silva na tarde desta terça-feira (22/09/2020), na Penitenciária Federal em Catanduvas. O local foi preservado até a chegada da Polícia Federal que foi acionada para fazer a perícia. A família foi comunicada pelo Serviço Social da unidade. O Depen Informa, ainda, que preza pelo irrestrito cumprimento da Lei de Execução Penal e que todas as assistências previstas no normativo são garantidas aos privados de liberdade que se encontram custodiados no Sistema Penitenciário Federal”.