O ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT), candidato à Câmara Federal, rebateu nesta sexta-feira (14) afirmações que o candidato ao governo Ratinho Junior (PSD) fez durante entrevista à RPC-TV no início da tarde, na qual afirmou que Fruet teria sido o responsável pela desintegração do transporte coletivo metropolitano.

Em nota, Fruet diz que, ao contrário, como secretário de Desenvolvimento Urbano, foi Ratinho quem assinou o rompimento do convênio que permitia a integração e que, após isto, autorizou a elevação das tarifas dos ônibus que fazem as linhas com municípios da região metropolitana.

Veja a nota de Fruet:

Em esclarecimento às afirmações de Ratinho Júnior, em entrevista à RPC nesta sexta-feira (14), que afirmou que nossa gestão foi responsável pela desintegração do transporte coletivo da RMC:

1 – O encerramento do convênio de gestão da rede integrada, foi assinado pelo próprio Ratinho, como secretário de Desenvolvimento Urbano de Beto Richa.

2 – No documento, Ratinho reconhece, inclusive, uma dívida superior a R$ 16 milhões do Estado com a Prefeitura de Curitiba. Cabe lembrar que Ratinho também não cumpriu outro compromisso do convênio que era licitar o transporte metropolitano (sem licitação há mais de 30 anos).

3 – O governo Richa, além de vários atrasos, suspendeu o subsídio à rede integrada de transporte em outubro de 2014, ou seja, dois meses antes do término do convênio.

4 – Essa situação exigiu que Curitiba pagasse as empresas metropolitanas – uma responsabilidade do governo estadual.

5 – Apesar de todo boicote do governo estadual e da suspensão do subsídio ao transporte coletivo integrado, nossa gestão manteve a integração física, permitindo que passageiros da RMC desembarcassem nos terminais da capital e pegassem outros ônibus com uma só tarifa.
Também reforçamos e ampliamos linhas para manter a qualidade dos serviços.

6 – Sem o convênio, a gestão Richa/Ratinho passou a subsidiar as empresas metropolitanas, transferiu a arrecadação para essas empresas e também piorou os serviços e aumentou as tarifas.

7 – Após a eleição de 2016 e a posse do aliado de Richa, Rafael Greca, os entendimentos foram imediatamente retomados – com Curitiba passando a ter a maior tarifa entre as capitais brasileiras.

8 – Esse ano, fora os subsídios pagos diretamente às empresas, o governo estadual repassará R$ 71 milhões exclusivamente para Curitiba, conforme convênio de julho de 2018.

Documento publicado por Fruet:

Ratinho diz que Urbs não aceitou proposta

Procurada, a assessoria de Ratinho Jr enviou um documento assinado pelo então presidente da Urbs Roberto Gregório declinando de proposta oferecida pela Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), autarquia subordinada à secretaria que era de Ratinho Jr, vista como insuficiente. (Veja o documento).