João Paulo Vieira/APP-Sindicato – Governo ficou de apresentar dados na próxima segunda-feira

As negociações entre o governo do Estado e os servidores públicos estaduais sobre a data-base do reajuste salarial anual do funcionalismo não avançaram na nova reunião entre representantes do Executivo e dos sindicatos, ontem, no Palácio Iguaçu. Ao contrário do que esperava o Fórum das Entidades Sindicais (FES), o governo não apresentou os dados sobre a situação financeira do Estado. A Secretaria de Estado da Fazenda ficou de apresentar os números na próxima segunda-feira (27). Os servidores – que estão com os salários congelados desde 2016 cobram a reposição das perdas relativas à inflação dos últimos 12 meses, de 4,94%. 

Segundo a representante do FES, Marlei Fernandes, a comissão deve se reunir com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri hoje para buscar um novo posicionamento do Executivo.

As negociações entre o governo e os servidores se arrastam há quase um mês. Inicialmente, o governador sinalizou que não haveria qualquer reajuste, alegando que o Estado já está no limite dos gastos com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Após as manifestações dos servidores no último dia 29 de abril, no Centro Cívico, porém, o governo decidiu montar uma comissão para discutir o assunto. Desde então, foram cinco reuniões, sem que houvesse avanço na discussão. 

Ontem, o economista Cid Cordeiro, apresentou dados durante a reunião apontam a viabilidade da reposição da Data-Base. “Nós apresentamos hoje na reunião com o governo os dados tanto da receita, tanto do aumento de gastos previstos para 2019 e concluimos que dentro do limite fiscal, que é o grande ponto de discussão, há condições sim de pagar essa Data-Base de 2019, de 4,94% a partir de maio e também 1% em Outubro e mais 1% no mês de dezembro”, disse Cordeiro.

A próxima reunião está prevista para segunda-feira, às 14 horas.

Os representantes sindicais entregaram um ofício solicitando a reposição do dia 15 de maio. Segundo o governo, a falta não foi lançada este mês e será aguardado o debate para definir um encaminhamento. Também foi cobrado que o governo implemente o piso mínimo regional (R$1306,80), além de auxilio alimentação e auxílio transporte. Já o tema das pedagogas será abordado em reunião amanha com o deputado Hussein Bakri.