A ansiedade não a deixava ver o que realmente era…

“Digo-lhes: é preciso ter caos dentro de vocês mesmos afim de dar à luz uma estrela dançante.” (Nietzsche)

Em um atendimento terapêutico percebi o quanto a ansiedade atrapalhava o seu falar e o seu ouvir.

Uma menina linda, longilínea, cheia de vida e também cheia de ansiedade, enquanto ela não perguntou tudo o que havia protocolarmente organizado em seu caderno de anotações, não conseguia realmente ouvir. Mas ao mesmo tempo, seus olhos grandes, como jabuticaba, percorriam curiosamente, como grandes faróis, toda a minha fala, contornando minha aura e aos poucos abrandando a névoa sombra de que era incitada.

Precisei mudar a tática e entrar também com um atendimento que chamo de “Limpeza do Arcanjo Miguel”.

Só então seu coração e sua mente entraram em sintonia.
Tanto que uma das suas falas pós atendimento foi:

-Há muito tempo não sentia meu coração batendo assim.

Compelida a compartilhar minha experiência penso, como falar sobre ansiedade e depressão senão as tivesse experimentado: 

Comer ou beber. Sair ou ficar. Ir logo, mas logo voltar. Comer e já limpar. Sair e já chegar. Perceber que o caminho é o favo e o mel de toda história, e mesmo assim, não conseguir viver esse percurso.

É uma dor que agarra suas células e as torcem como cordas de um navio, entrelaçadas e ancoradas firmemente no cais, segurando toda uma embarcação. É de nos tirar do ver, do pensar, do sentir, do falar, nos tira da nossa própria essência, da nossa própria existência.

Parafraseando Renato Russo quando versa sobre o amor: “É ferida que dói e não se sente. É um contentamento descontente. É dor que desatina sem doer.”

Diria que a depressão e a ansiedade chegam a esse cume ilimitado, porém na desordem mental do não ser e não saber, na desolação da doença que atropela, devasta, desestrutura toda a estrutura orgânica, familiar, humana…

A ansiedade nos trava, criando couraça de falsa proteção, inclusive na nossa alma.

Pergunto: Está certo nos protegermos da nossa alma, se é aí que habita a nossa joia rara?

A ansiedade foi gerada pelo mundo moderno devido a pressão, a cobrança, ao atendimento às necessidades e julgamentos que nem sempre são nossos, apenas por querermos nos enquadrar as expectativas das outras pessoas, ao que os “outros” esperam de nós. Ela nos tira o chão que nos conecta com a terra, nos faz perder a conexão com céu, nos tira do nosso centro, do nosso foco, do nosso poder pessoal, nos faz perder o “olhar terno de gratidão pela vida”, a nossa capacidade de sentir gratidão pelos nossos pais. Sabe aquele olhar que quando criança, é a própria admiração e contemplação…

Perceba, sinta, veja!

A ansiedade é uma ânsia que se sente, pela idade que se cria (tempo), pela própria idade. Aos poucos vamos manifestando ânsia pela idade, ânsia por crescer, ânsia por querer, ânsia por maturidade, ânsia por conseguir sempre mais e mais… mais poder, mais status, mais dinheiro… mais, mais e mais…

A cura está no presente, no entregar-se, no sentir as suas raízes integradas a terra e conectadas ao chão, no sentir o cheiro da grama, o cheiro de um bebê, o cheiro de um abraço, o colo de mãe e de pai. O seu próprio cheiro, o cheiro da verdadeira amizade, do verdadeiro abraço, de todos os lugares onde queremos e podemos mergulhar e dali não sair por alguns bons e milagrosos instantes.

Seria loucura dizer que a minha ansiedade me deprime?

Podemos vender os nossos elixires milagrosos, seduzindo o público com discursos e trejeitos espalhafatosos, não obstante, essa não seria a realidade de alguém que vive entre a ansiedade e a depressão, ambivalentes que se atraem e contraem, entre amor e ódio, entre realidade e ilusão.

Fernando Pessoa define sucintamente parte desse processo: “A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos…”

Desejo que a ansiedade não tire a sua verdadeira idade, mas que ela te faça perceber que o seu caminho é olhar para essa verdade, para essa criança, honrar esse ser que habita seu corpo, sua mente e seu coração que é somente VOCÊ.

Dr. Wayne W. Dyer em seu livro A Verdadeira Magia, assim resume parte daquilo a que me refiro: “Sua transformação interior não pode acontecer por meio de padrões intelectuais ou científicos, pois, como poderia um instrumento de limitação revelar o ilimitado? (…) é necessário desfazer-se de percepções errôneas e dar lugar a uma nova sabedoria. (…) Para atingir o propósito da vida é necessário um mergulho interior e subsequente revelação de que tal propósito é amar e servir incondicionalmente, e isso requer a todo instante um esforço de sintonia com a corrente do próprio destino.”

Quando o coração se entrega à verdade e à realidade, despertamos outros corações.

Para isso precisamos rezar, orar, meditar… TODOS os dias!

Me diz: Cinco minutos da SUA oração, para você, para seus pais, para sua unidade familiar, para a coletividade, para o planeta Terra, lhe é muito desafiador?

Quando foi a última vez que você acendeu uma vela para o SEU Anjo, para Deus?

Gratidão por estar aqui.

Espero ser contribuição em sua jornada, afinal, “milagres compartilhados são multiplicados”.
Em nosso Sagrado Compartilhar, NOS Curamos.
Sigo na conexão e no amor que nos une.

OM

Angelita Lombarde Divino
Instrutora de Yoga e Terapeuta Integrativa
Guardiã do Movimento Sagrado Compartilhar
Canalizadora do Método RARA
Espaço Praticando o Amor – Yoga & Terapias Integrativas

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REFERÊNCIAS

Inspiração nas minhas experiências como aprendiz aqui na terra; nos meus alunos e consultantes; nas meditações e orações; nos meus professores internos e externos; na conexão com o sagrado que habita em mim, na vida, no universo, na terra, na natureza, em Deus!