Divulgação TIM

O sonho de diversas crianças e adolescentes de conhecer o espaço, ganha ares de realidade com o Garatéa-ISS. A iniciativa, patrocinada pelo Instituto TIM, promove a participação de alunos brasileiros do Ensino Fundamental e Médio no Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), que incentiva o estudo de ciências espaciais embarcando projetos e desenhos em foguetes da SpaceX.

Estudantes da Escola Regina Coeli, de Sorriso (MT), permanecem aqui na Terra, mas suas ideias já estão em órbita: o experimento do grupo, ganhador da edição de 2020, foi enviado à Estação Espacial Internacional (ISS) no último domingo (06). Eles desenvolveram um teste para acompanhar a reação de um medicamento para intolerância à lactose no espaço.

“O projeto Garatéa-ISS traz para os estudantes a força da imaginação e da educação. Não há nada mais fascinante do que se sentir parte de uma aventura espacial. Ao mesmo tempo, nada é mais criativo do que desenhar e implementar um experimento científico”, explica Mario Girasole, presidente do Instituto TIM.

O Garatéa-ISS reúne estudantes de escolas de todo o país, que criam experimentos para serem realizados no espaço. Um deles é selecionado para ser enviado à ISS com outros ganhadores dos Estados Unidos e do Canadá, voando em um foguete contratado pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

O Brasil é o primeiro país fora da América do Norte a integrar o SSEP. Ao todo, 285 escolas já participaram do Garatéa-ISS, com 171 projetos. A iniciativa foi desenvolvida por uma parceria da Universidade de São Paulo e Fundação de Apoio à Física e à Química.

O programa engloba ainda uma vertente artística e os colégios também participam com desenhos que serão enviados à ISS junto com os astronautas. Neste ano, foram ao espaço desenhos de alunos da Escola Maria Edith Rhoden (São Desidério, BA), da Escola Municipal de Educação Especial Olga Benário Prestes (Diadema, SP) e do St. Francis College (São Paulo, SP).

Dois projetos científicos de colégios brasileiros já foram enviados ao espaço no programa Garatéa-ISS: uma experiência com cimento — cujos resultados serão apresentados em um congresso nos EUA — e outra com filtro de barro.

A ideia do programa é mostrar aos alunos como os experimentos que criaram se desenvolvem em um ambiente de microgravidade, muito usado para testes da indústria farmacêutica para pesquisa de medicamentos e testagem de materiais.

De acordo com Lucas Fonseca, engenheiro espacial responsável pelo projeto Garatéa, o programa é um enorme chamariz para atrair o interesse de crianças e jovens para a ciência. “O lançamento de projetos no espaço é uma experiência que inspira, conecta e muda vidas, já que os ganhadores ficam em contato direto com instituições como a Nasa, por exemplo”.