A GWM Brasil acaba de alcançar um marco inédito em sua trajetória no País. Pela primeira vez desde sua chegada ao mercado nacional, a marca ultrapassou a marca de 4 mil unidades emplacadas em um único mês, com 4.044 veículos vendidos em setembro de 2025.
O resultado, que representa o terceiro recorde de vendas da autotech neste ano, consolida o crescimento acelerado da GWM e reforça sua posição de destaque no setor automotivo brasileiro.
Crescimento acima da média do mercado
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a GWM apresentou crescimento de 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o mercado automotivo nacional registrou menos de 1% de avanço no mesmo intervalo.
Esse desempenho foi impulsionado pela expansão da linha de produtos – com a chegada da versão a diesel, da picape Poer P30 e do SUV de sete lugares Haval H9 – e pela rápida ampliação da rede de concessionárias.
“Mais do que um recorde, esse resultado mostra que estamos construindo uma trajetória sólida e de longo prazo no Brasil. Cada marco alcançado reforça a confiança do consumidor em nossa proposta de mobilidade inteligente”, destaca Diego Fernandes, COO da GWM Brasil.
Haval H6 segue líder entre os híbridos
O grande protagonista do mês foi novamente o Haval H6, que somou 2.885 unidades vendidas em setembro, mantendo-se como o híbrido mais vendido do Brasil.
Mercedes-Benz inaugura centro de testes de iluminação referência no setor automotivo
A Mercedes-Benz deu mais um passo em direção à inovação e à excelência tecnológica ao inaugurar o centro de testes de iluminação localizado em seu Campo de Provas Global em Immendingen, na Alemanha. Com 135 metros de comprimento e oito metros de altura, o novo espaço permite testes extremamente precisos de sistemas de faróis, sob condições controladas e reproduzíveis, independentemente da luz solar ou do clima.
O ambiente inclui uma réplica realista de estrada rural, com asfalto especialmente desenvolvido para simular superfícies envelhecidas e reflexivas, permitindo avaliar o desempenho dos faróis em situações de uso real. Até cinco veículos podem ser testados simultaneamente, com simulações de tráfego em ambos os sentidos e manequins de pedestres integrados. O investimento foi de 10,5 milhões de euros e o tempo de construção totalizou dois anos.
Além desse avanço, Immendingen abriga também o circuito automatizado Heide, onde veículos são conduzidos por robôs em pistas de durabilidade extrema. Essa automação aumenta a precisão e reduz a necessidade de pilotos humanos, permitindo testes ininterruptos 24 horas por dia. Um único quilômetro rodado no circuito equivale a 150 km de uso real em condições severas, acelerando o desenvolvimento de novos modelos.
Com 520 hectares e 86 km de pistas, o Campo de Provas simula cenários de tráfego de diversos países — incluindo Estados Unidos, China, Japão e Europa — com 286 cruzamentos e variações de relevo que chegam a 180 metros. O local reúne mais de 30 módulos de teste, usados por cerca de 2.100 engenheiros e técnicos durante os períodos de pico, e permite que 80% dos testes antes feitos em vias públicas sejam realizados internamente, reduzindo custos e emissões.
Além da sofisticação tecnológica, o campo de provas é exemplo de sustentabilidade e integração ambiental: ovelhas e lhamas fazem o manejo natural da vegetação, controlando o crescimento de arbustos e mantendo a biodiversidade do terreno. Desde sua criação, há dez anos, a Mercedes-Benz já investiu mais de 400 milhões de euros no local, transformando-o em um dos centros de testes mais completos e sustentáveis do mundo.
Encor Series 1 — Um tributo moderno ao icônico Lotus Esprit
Meio século após o lendário Lotus Esprit S1 ter encantado o mundo no Salão de Paris de 1975, nasce uma nova interpretação do clássico britânico. A Encor, empresa especializada em remasterizar ícones automotivos com tecnologia contemporânea, revelou o Encor Series 1 — uma recriação artesanal e moderna do Esprit, que promete unir a alma original à engenharia do século XXI.
Limitado a apenas 50 unidades, o Encor Series 1 combina o design inconfundível do Esprit com uma carroceria totalmente nova em fibra de carbono, motor reconstruído e tecnologias de última geração, elevando o espírito visionário de Colin Chapman a novos patamares.
Da tradição à modernidade: o chassi como base e a fibra de carbono como revolução
A Encor manteve o lendário chassi backbone concebido por Chapman, mas substituiu a antiga carroceria em fibra de vidro por uma estrutura de fibra de carbono, mais leve, rígida e precisa. O design foi digitalmente refinado por CAD, garantindo linhas afiadas e aerodinâmica otimizada, enquanto os faróis retráteis originais foram reinterpretados como modernos projetores LED de baixo perfil.
“Em cada detalhe, atuamos como guardiões dos ideais de Chapman”, explica Simon Lane, cofundador da Encor. “Nossa missão é elevar o Esprit para uma nova era sem sacrificar sua alma.”
O resultado é um carro que preserva o DNA da Lotus, mas com o toque contemporâneo de uma obra-prima moderna.
Motor e herança Lotus: potência com respeito à história
Cada Encor Series 1 nasce de um Lotus Esprit V8 original, cujo motor é reconstruído e refinado para oferecer melhor desempenho, dirigibilidade e confiabilidade no uso diário. O chassi, o motor e o câmbio originais são mantidos com suas identidades intactas — uma homenagem direta à herança Lotus e uma garantia de autenticidade documental.
Por dentro, o lendário cockpit envolvente foi totalmente reinterpretado. O interior combina couro, Alcantara e alumínio usinado, integrando discretamente Apple CarPlay, câmeras 360° e climatização digital, transformando o ambiente numa fusão entre nostalgia e sofisticação tecnológica.
Mestres do renascimento automotivo
A Encor reúne profissionais com mais de 30 anos de experiência em marcas como Pagani, Koenigsegg, Aston Martin, Porsche e Lotus. A equipe inclui nomes que participaram do desenvolvimento do Lotus Emira e de programas de personalização como o Q by Aston Martin e Lotus Advanced Performance.
“Qualquer um pode modificar um carro”, afirma Simon Lane. “O que nos diferencia é tratar o Esprit não como um projeto, mas como uma responsabilidade. O progresso deve aprimorar — nunca substituir.”
O Encor Series 1 será oficialmente revelado em novembro de 2025, com preço inicial de £430.000 (aproximadamente R$ 3 milhões), excluindo impostos, opções e o carro doador Lotus Esprit V8.
Sobre a Encor
Fundada com a missão de preservar e reinterpretar ícones automotivos, a Encor se define como uma “guardião da herança automobilística”. O Series 1 é o primeiro de uma série de projetos que unem tradição e inovação, mantendo o espírito dos grandes clássicos, mas com desempenho, estrutura e qualidade compatíveis com o futuro da mobilidade artesanal.
Entre os líderes estão:
- William Ives e Michael Perkins (Skyships) – especialistas em eletrônica e integração automotiva, com clientes como Lotus e Aston Martin.
- Mike Dickison, engenheiro sênior com passagens por MIRA e Tickford.
- Daniel Durrant, ex-designer-chefe da Lotus responsável pelo Emira.
- Simon Lane, veterano em programas de personalização de luxo e responsável pela visão estética da Encor.
Com esse time, a Encor não apenas modifica carros — remasteriza cultura automotiva.
Renault vai receber robôs chineses em sua fábrica no Paraná
A Renault Brasil vai modernizar sua linha de produção no Paraná com a introdução de equipamentos automatizados da fabricante chinesa Maihe Robotics. Os novos robôs serão empregados em diversas etapas da montagem de veículos, com previsão de funcionamento pleno no início de 2026.
Compra e transporte dos equipamentos
Em 29 de setembro, um lote de máquinas de soldagem inteligente foi embarcado de Weifang, no leste da China, com destino ao Brasil. O valor estimado desse lote é de € 7,05 milhões (mais ou menos R$ 43,84 milhões, conforme câmbio vigente).
Técnicos da Renault Brasil já inspecionaram esses equipamentos na planta da Maihe. A avaliação abrangeu dispositivos de soldagem destinados às linhas de carroceria lateral, linha de teto e montagem final (ajuste).
A complementação de todo o ferramental deve estar concluída e entregue à fábrica da Renault no Paraná até o começo de 2026.
Capacidade e importância tecnológica
Com essas novas linhas da Maihe, estima-se que seja possível produzir até 60 conjuntos por hora, o que posicionaria a operação entre as mais modernas do mundo no segmento automotivo.
O uso desses robôs almeja aumentar a precisão das soldagens, reduzir desperdícios e elevar o grau de automação da planta industrial. Trata-se de um movimento que se insere na tendência global de adoção de tecnologias de “fábrica inteligente” e Indústria 4.0 — e reforça a competitividade da operação nacional da Renault frente a mercados com elevados índices de automação.
Contexto e desdobramentos
A Renault pretende lançar em breve dois novos modelos de veículos em sua linha de produção no Brasil, e esse fortalecimento tecnológico pode servir como base para acomodar essas novidades.
A modernização da planta no Paraná pode também ter efeitos colaterais sobre a mão de obra local: embora robôs geralmente sejam vistos como substitutos de tarefas repetitivas, as transformações exigem novos perfis de operadores e manutenção, além de possíveis realocações no chão de fábrica.
Do ponto de vista comercial e político, o investimento chinês em robótica para indústrias brasileiras é uma evidência de que empresas globais estão enxergando o Brasil não apenas como mercado de consumo, mas também como espaço estratégico para produção de alta tecnologia.