Em 1989, a Honda lançava seu primeiro carro equipado com sistema VTEC. Foi no Integra. Por causa do bom desempenho combinado com economia, o mecanismo engenhoso passou a equipar outros modelos da marca, ganhou variações e aperfeiçoamentos. Entenda a seguir o que é o VTEC (Sistema de Controle de Sincronização e Abertura Variável das Válvulas, em inglês).

DOIS-EM-UM
É provável que você já tenha ouvido que “fulano colocou um comando de válvulas mais ‘bravo’ para o carro andar mais”. Comparado com o original, o sistema “bravo” aumenta o tempo que as válvulas ficam abertas e também pode ampliar o levantamento delas quando o motor admite a mistura ar-combustível e expulsa os gases queimados com o sobe-e-desce dos pistões.

O resultado é um motor mais potente em rotações elevadas, mas que perde força em baixos giros, pede mais trocas de marcha e gasta mais combustível. Já o VTEC reúne numa mesma peça os ressaltos “mansos”, que favorecem a força em rotações baixas, e “bravos”, ideais para giros elevados. Conforme a condição de funcionamento, o dispositivo entrará em cena, ora privilegiando potência, ora favorecendo a economia.

É esse sistema que permite, por exemplo, que o motor 2.0 do Civic Si produza 192 cv sem turbocompressor. Seu funcionamento combina vários sensores, galerias de óleo e um conjunto primoroso de balancins, travas e tuchos de válvulas. Há sistemas VTEC que só atuam nas válvulas de admissão, nas de admissão e escape e o i-VTEC, que combina uma segunda tecnologia: pode atrasar ou adiantar todo o comando e também melhorar desempenho e economia em diferentes rotações. Ele também depende de outras informações do motor e de circuitos hidráulicos.

QUALIFICAÇÃO – Para ensinar essas e outras tecnologias, a Honda tem dois centros de treinamento (em Sumaré, SP, e Recife, PE). Dois mil profissionais de concessionárias serão formados neste ano. Os cursos têm 35 horas de duração.