SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “Olhei, e tava entrando a Verde e Rosa. O sol tava batendo, e tinha muito ouro, muito verde e muito rosa. Eu morri de emoção e falei: ‘Então, essa escola é a minha, sou mangueirense’.”

A declaração de Maria Bethânia, presente no documentário “Fevereiros”, ajuda a explicar a relação da cantora baiana com a escola de samba carioca Mangueira.

O filme de Marcio Debellian, que rodou por mostras estrangeiras e foi premiado no último festival In-Edit, mostra os bastidores do desfile de 2016, com o qual a agremiação homenageou Bethânia e saiu vencedora daquele ano.

O diretor comenta que se interessou pelo fato de a Mangueira ter enfocado a devoção religiosa da cantora, sincretismo que mistura catolicismo e matrizes africanas e ameríndias. Esse é um dos aspectos que ele trata no filme, que conta ainda com cenas de shows e depoimentos de músicos como Caetano Veloso e Chico Buarque. 

“Fevereiros” estreia em 31 de janeiro.