
O ano de 2025 terá um calendário astronômico bastante movimentado. O primeiro terá o seu auge neste fim de semana. Ativa desde 26 de dezembro de 2024, a chuva de meteoros Quadrantidas atinge seu pico para visualização entre esta sexta, 3, e sábado, 4.
Ao todo, o ano de 2025 terá 12 chuvas de meteoros, conjunções planetárias, 2 eclipses lunares e 2 eclipses solares, além de superluas.
A má notícias é que o evento celeste mais esperado, os eclipses não estarão visíveis no Brasil. Apenas o eclipse lunar total, previsto par 13 e 14 de março, estará visível em todo o Brasil. Os demais serão nos dias 29 de março, 7- 9 de setembro e 21 de setembro.
Os eclipses solares, que serão dois todos parciais, não estarão visíveis no Brasil. Já Em 2025, teremos 2 eclipses solares: todos parciais (quando a Lua bloqueia apenas uma parte da luz do Sol), em 29 de março e 21 de setembro.
Sol atinge o periélio neste fim de semana
Já no dia 4 de janeiro, a Terra estará e em seu ponto mais próximo do Sol. O fenômeno ocorrerá às 10h28 no horário de Brasília. No periélio (que quer dizer literalmente “perto do Sol”), o planeta fica a 147 milhões de km da estrela central do Sistema Solar.
No periélio, o Sol aparece ser ainda maior porque o seu diâmetro aparente (angular) atinge o valor máximo no ano.
Já o afélio (o oposto do periélio, quando o Sol se afasta mais da Terra e apresenta seu menor diâmetro aparente) ocorrerá em 3 de julho, às 16h54 no horário de Brasília. Neste ponto, o nosso planeta estará a 152 milhões de km do Sol e atingirá a sua menor velocidade do ano.
Conjunções planetárias
Observatório de Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ):
20 de janeiro – Conjunção entre Vênus e Saturno no começo da noite, direção oeste, na constelação de Aquário.
31 de janeiro – Lua, Vênus e Saturno formarão um belo trio celeste no começo da noite, direção oeste
5 de março – Conjunção entre Vênus e Mercúrio durante o crepúsculo, direção oeste. Os astros estão muito próximos ao horizonte.
19 de abril – Vênus, Saturno e Mercúrio formarão um belo trio planetário antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Peixes. O planeta Netuno também estará no mesmo campo de visão.
25 de abril – Conjunção entre Lua, Vênus, Saturno e Mercúrio antes do amanhecer, direção leste, nas constelações de Peixes e Baleia. Um dos mais belos encontros de 2025.
28 de abril – Conjunção entre Vênus e Saturno, antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Peixes.
4 de julho – Conjunção entre Vênus e Urano antes do amanhecer, direção nordeste, na constelação de Touro. Urano poderá ser visto apenas com binóculos, em céus escuros.
12 de agosto – Conjunção entre Vênus e Júpiter antes do amanhecer, direção nordeste, na constelação de Gêmeos.
19-20 de agosto – Lua, Vênus e Júpiter formarão belo trio celeste antes do amanhecer, direção nordeste, na constelação de Gêmeos.
23 de outubro – Conjunção entre Lua, Marte e Mercúrio. Os três astros formarão belo trio celeste ao anoitecer, direção leste, na constelação de Libra.
Chuvas de meteoro
Há 12 chuvas de meteoro previstas segundo o Observatório Real de Greenwich:
Quadrantidas: ativa de 26 de dezembro de 2024 a 12 de janeiro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 120.
Líridas: ativa de 16 de abril de 2025 a 25 de abril de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 22 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
Eta Aquáridas: ativa de 19 de abril de 2025 a 28 de maio de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 5 de maio). Pico de meteoros por hora: 40.
Alfa Capricornídeos: ativa de 3 de julho de 2025 a 15 de agosto de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho de 2025 a 23 de agosto de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
Perseidas: ativa de 17 de julho de 2025 a 24 de agosto de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 12 de agosto). Pico de meteoros por hora: 150.
Dracônidas: ativa de 6 de outubro de 2025 a 10 de outubro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 8 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
Oriônidas: ativa de 2 de outubro de 2025 a 7 de novembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 15.
Tauridas: ativa de 10 de setembro de 2025 a 20 de novembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 10 de outubro). Pico de meteoros por hora: 5.
Leônidas: ativa de 6 de novembro de 2025 a 30 de novembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 17 de novembro). Pico de meteoros por hora: 15.
Geminídeas: ativa de 4 de dezembro de 2025 a 20 de dezembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 14 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 120.
Úrsidas: ativa de 17 de dezembro de 2025 a 26 de dezembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 22 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.
Superluas
Serão três Em 6 de outubro, 5 de novembro e 4 de dezembro. A “superlua” é o fenômeno que ocorre quando a lua cheia está no perigeu (quando ela está mais próxima da Terra). Com isso, ela aparenta se maior e mais brilhante.
Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.
Cometas mais brilhantes
Os cometas são grandes objetos feitos de poeira e gelo que orbitam o Sol. Neste ano, os destaques de observação ficam com os seguintes astros:
C/2024 G3 (ATLAS). Período de visibilidade: de janeiro a fevereiro. Mês previsto para brilho máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de binóculos, no final da madrugada (começo de janeiro) e início da noite (a partir da última semana de janeiro).
24P/Schaumasse. Período de visibilidade: de dezembro a janeiro 2026. Mês previsto para brilho máximo: janeiro 2026. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios durante a madrugada de dezembro.
210P/Christensen. Período de visibilidade: de outubro a dezembro. Mês previsto para brilho máximo: novembro. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios no final da madrugada de novembro.