Treinador de cavalos faz balanço da carreira vitoriosa

Bem Paraná

Luiz Roberto Feltran dispensa apresentações no mundo das corridas de cavalo. Seu nome está associado a competência, dedicação e trabalho. É um dos maiores e melhores treinadores de cavalo de corrida do Brasil. Grandes craques já passaram pelas mãos deste advogado, incluindo Fogonaroupa e Alucard, cavalos que ganharam o Grande Prêmio Paraná – (G.1) em 2006 e 2007, dando ao treinador o bicampeonato da prova.

Jornal do Estado – O Safe Port disputa neste sábado a Prova Especial Ciro Frare. Vem de duas vitórias a fio, sendo a última no GP Siphon – (G.2). Qual é a expectativa para essa corrida?
Feltran – Safe Port vem de ótimas atuações, ganhando bem em marcas muito boas. Depois de ganhar um Grupo 2, cair para Prova Especial é complicado. Aconteceu isso comigo com o Nelore Porã em 2007. O cavalo está bem. Acredito que fará ótima atuação.

JE – O A.M. Souza parece ter se adaptado bem ao cavalo, ao vencer e convencer na última corrida. Há alguma estratégia definida entre o senhor e o jóquei para esta corrida?
Feltran – O A.M. Souza o pilotou somente na última vez, pois o V. Leal tinha compromiso por força contratual. O Ceará está em ótima fase. Como temos baliza 1, o imporetante é largar bem, evitando assim ser prejudicado.

JE – Ano passado o Safe Port tinha uma grande pedra no caminho chamada Giruá. Este ano o senhor espera que o cavalo se consolide como o melhor milheiro arenático do país?
Feltran – Em comum acordo com o staff Araras, decidimos traçar sua campanha voltada para a areia, tendo como objetivo final levá-lo ao festival de Dubai.

JE – Agora conte um pouco da sua história.
Feltran – Iniciamos junto com a Top Training (Mario Zuca Marques) em 1996. A matrícula de treinador veio em 1998. Em 2005 iniciamos uma caminhada “solo” com a LR Feltran Treinamento de Cavalos Ltda. Hoje estamos próximos a 450 vitórias nos 4 principais hipódromos. Conseguimos vencer 10 provas de Grupo 1. Sou formado em direito pela PUC-PR. Trabalhei desde 1980 na empresa do meu pai no ramo de refrigeração. Fui comissário de corridas por três gestões. Acompanho Turfe desde que nasci já que meu avô materno, Trajano Athaide, foi treinador.

JE – Qual o melhor cavalo que já passou pelas suas mãos?
Feltran – Sorrentino.

JE – Qual foi sua maior tristeza?
Feltran – Não ter conseguido correr o Derby, pois o mesmo adoeceu, para tentar ser tríplice coroado.

JE – Pra finalizar, qual seu maior sonho hoje no turfe?
Feltran – Não diria sonho, mas vontade de  continuar aprendendo a arte de treinar PSI e que ocorra a tão, agora sim, a tão sonhada renovação de turfistas.