O Partido Verde divulgou ontem nota defendendo o afastamento do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), e o primeiro secretário, deputado Alexandre Curi (PMDB), de suas funções na Mesa Executiva, até a conclusão das investigações em torno das denúncias de irregularidades na administração do parlamento estadual. Na nota, assinada pelo presidente estadual do PV, Melo Viana, o partido alega que as investigações não seriam isentas caso dos dois – que são responsáveis diretos pelas nomeações, e atos administrativos da Assembleia – permanecessem nos cargos, até porque as denúncias implicariam a própria Mesa Executiva.
Auditoria
O PV lembra ainda que pelo regimento interno da Assembleia, o presidente da Mesa Executiva e o primeiro secretário são responsáveis diretos pela gestão e fiscalização dos atos administrativos financeiros da Casa. E defende a realização de uma auditoria independente nas contas do Legislativo, com a participação de representantes da sociedade civil organizada. A deputada Rosane Ferreira, única representante do PV na Assembleia, afirmou não ter sido consultada pela direção do partido sobre a nota.
Silêncio
Diante das novas denúncias apontando a nomeação de parentes e aliados políticos para cargos na Assembleia, e sua participação em uma sociedade em uma emissora de rádio com o ex-diretor geral da Casa, Abib Miguel, o deputado Nelson Justus manteve o silêncio ontem. Abordado pelos jornalistas que cobrem a Casa, limitou-se a afirmar: me deixem trabalhar.
Fuga
Não é só Justus que anda evitando a imprensa. A maioria dos parlamentares tem fugido dos repórteres para não ter que comentar as denúncias contra a Assembleia.
Novos nomes
O governador Orlando Pessuti (PMDB) anunciou ontem os nomes de três novos secretários do governo do Estado. A pasta da Saúde será comandada pelo atual chefe de gabinete do governador, Carlos Moreira Junior; o novo secretário da Agricultura será Erikson Camargo Chandoha; e a Secretaria do Meio Ambiente será ocupada por Jorge Augusto Calado.
Casa Civil
O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), Ney Caldas, deve ser anunciado como secretário-chefe da Casa Civil do governo Orlando Pessuti, em substituição a Rafael Iatauro.
Ficha limpa
O deputado federal paranaense Gustavo Fruet (PSDB), líder da minoria na Câmara, criticou o adiamento da votação do Projeto Ficha Limpa, que agora só entrará na pauta na primeira semana de maio. O PSDB havia firmado posição a favor do substitutivo do deputado Índio da Costa (DEM-RJ) e assinou o requerimento para que a proposta fosse votada em regime de urgência. O pedido foi assinado também pelo DEM, PPS, PHS, PSC, PV e Psol. Porém, para garantir a urgência, seria necessário que o requerimento fosse subscrito por partidos que representem 257 deputados; foram obtidos apenas 161. Estávamos prontos para votar o projeto agora, do jeito que está, a fim de garantir que entre em vigor nas eleições deste ano, disse Gustavo Fruet.
Frustração
O deputado Eduardo Sciarra (DEM) também criticou a decisão, que segundo ele, frustrou a bancada do seu partido. Sou totalmente a favor do projeto Ficha Limpa e votarei pela sua aprovação quando for colocado em pauta, disse.
Hipocrisia
A vereadora Renata Bueno (PPS) classificou ontem de hipocrisia e inversão de valores, as propostas de lei que pretende proibir o uso e comercialização das chamadas pulseiras do sexo, por conta de supostos abusos cometidos contra adolescentes. Quer dizer que um criminoso agride e estupra uma menina e a culpa é dela? Por esse mesmo raciocínio, daqui a pouco veremos legisladores tentando proibir às mulheres o uso de saias curtas ou biquínis, por exemplo, porque estariam induzindo os homens a violentá-las, comparou.
Proibição
Enquanto isso, na Assembleia, o deputado Edson Praczyk (PRB) apresentou projeto justamente para criar uma lei estadual que proíba a venda dessas pulseiras, bem como o uso das mesmas em escolas públicas e privadas. Pela proposta, o estabelecimento que desrespeitar a lei estará sujeito a multa de R$ 5 mil e perda de inscrição estadual.
Alegria, alegria
O presidente do DEM/PR, deputado Abelardo Lupion, não escondeu a satisfação com o recente distanciamento entre pedetistas e petistas. Desde o primeiro dia, sempre fui contra esta aliança. Tenho uma história com o senador Osmar Dias. Este não é o nosso povo. O PT sempre foi contra nós. Estamos no mesmo palanque há 20 anos. O pessoal do PT está querendo entrar com um oportunismo muito grande. Querem viabilizar a candidatura presidencial, já que não tem voto no Paraná, explicou em entrevista a rádio CBN.
Tribunal
A OAB Paraná promove na próxima segunda-feira, em Curitiba, um ato público da campanha Tribunal Regional Federal no Paraná – uma questão de Justiça. A ideia é mobilizar líderes paranaenses em torno da Proposta de Emenda Constitucional n.º 544/02, que prevê a criação de mais quatro tribunais federais no país, com sedes em Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. A Ordem lembra que dos cerca de 1,5 milhão de processos que correm no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre (RS), aproximadamente 511 mil tiveram origem no Paraná.
Presidenciável
O pré-candidato à Presidência da República pelo PTdoB, o engenheiro e advogado Mario Oliveira, participa do encontro estadual do partido no Paraná, que será realizado no dia 8 de abril de 2010, em Curitiba. No encontro, serão apresentadas as novas Comissões Municipais do partido no estado e as novas lideranças políticas. Haverá também uma palestra para os pré-candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa do estado pelo PTdoB, além da apresentação das principais propostas do programa de governo de Mario Oliveira.
Em alta
De janeiro a março deste ano, a Caixa Econômica Federal abriu 964 mil contas de poupança em todo o país, e conta agora com estoque de 39,35 milhões de cadernetas que somam saldo de R$ 111 bilhões. Isso equivale a 33,85% de todo o mercado brasileiro de poupança.
Em baixa
O número de processos em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal) ficou abaixo de 100 mil pela primeira vez em 10 anos. Levantamento divulgado ontem pelo tribunal confirma a tendência de queda no número de ações. Atualmente existem 98.652 processos aguardando julgamento.