Apelo

Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado


Comentário de um deputado governista pedindo que a imprensa não critique a nomeação de Eduardo Requião, irmão do governador Requião, para o Escritório de Representação do Paraná em Brasília: “parem de falar no Eduardo, senão daqui a pouco ele resolve voltar”.


Ouvido
Outro parlamentar governista garantiu ontem ter ouvido de Requião, pela primeira vez, que o candidato do PMDB ao governo deve mesmo ser o vice-governador Orlando Pessuti. Segundo esse deputado, Requião teria garantido não ter nenhum interesse em aproximação com os pré-candidatos do PSDB, Beto Richa, e do PDT, Osmar Dias.


Fantasia
A versão desse deputado, porém, parece absolutamente fantasiosa e sem sentido diante dos sinais emitidos até aqui pelo governador, que não só não demonstrou publicamente qualquer entusiasmo pelas pretensões de Pessuti, como ameaçou seu vice dizendo que pode não se desincompatibilizar do cargo para disputar o Senado. Das duas uma – ou Requião está dizendo uma coisa nos bastidores e fazendo outra em público, ou esse parlamentar está querendo plantar uma informação totalmente fora da realidade na esperança de anabolizar as chances de Pessuti.


Perigo (I)
As 3,8 toneladas de cocaína apreendidas na quinta-feira, no Porto de Paranaguá, avaliadas em 80 milhões de euros, ou seja R$ 236,9 milhões, devem ter implicações em outras áreas do crime. Um especialista em segurança pública garante que nos próximos dias Curitiba e São Paulo, onde a quadrilha tinha ramificações, podem virar alvo de assaltos a banco. É que os bandidos geralmente atacam os bancos para compensar o prejuízo  pelas drogas apreendidas.  E para compensar R$ 239,9 milhões seriam necessários muito assaltos.  o delegado da Polícia Federal em Curitiba, Wagner Mesquita.


Perigo (II)
Segundo o especialista, também há risco de assassinatos, porque toda a vez que a polícia investiga a fundo grandes esquemas de droga algumas pessoas podem morrer por “queima de arquivo”.


Pressão
O secretário de Estado da Segurança, Luiz Fernando Delazari, nem cogita a possibilidade de o caso do Morro dos Bois, em Caiobá, onde um rapaz foi morto e uma moça foi ferida e violentada. Até hoje, a Polícia ainda deve uma solução para o caso da menina Raquel Genofre, que foi morta e deixada em uma mala na rodoviária. O clima é tenso na Secretaria e a pressão é muita.



Volta ao trabalho (I)
Matérias de interesse público com reflexos de melhoria na qualidade de vida do curitibano estão na pauta da Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara de Curitiba, que inicia hoje, às 14h30, as reuniões de 2009, com os novos vereadores.  Semáforos sonoros para deficientes visuais, selo de qualidade para o comércio ambulante de alimentos e alterações na legislação da licença-maternidade são algumas das propostas.


Volta ao trabalho (II)
Abertura de crédito adicional e outras operações financeiras  estão entre as matérias de origem tributária analisadas pela Comissão de Economia da Câmara de Curitiba,   que já agendou a primeira reunião da legislatura para amanhã, às 15 horas É sob as vistas desta comissão que seguem os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), Plano Plurianual (PPA) e, ainda, as prestações de contas do Executivo e da Casa.
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Em alta
O assunto da vez no governo Requião é agora o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na “escolinha” de amanhã, serão apresentadas pela Sanepar e Cohapar. A reunião tem início às 8h, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.



Em baixa
O ministro Celso de Mello determinou o arquivamento de um pedido de Habeas Corpus (HC 96748) no qual o Sindicato dos Policiais Civis no Distrito Federal (Sinpol) tentava garantir aos seus filiados o direito de usar algemas para imobilizar pessoas durante a prisão.