Arrombamento

Bem Paraná

O candidato do PTB à prefeitura, deputado estadual Fábio Camargo, afirmou ontem que um dos comitês de sua campanha eleitoral na região central da cidade foi arrombado. Entre os materiais levados pelos ladrões estariam documentos com informações eleitorais, jornais e outros materiais de propaganda. Segundo Camargo, o tipo de material roubado indicaria que não foi “coisa de bandido comum”. A coligação que o apóia registrou boletim de ocorrência na Delegacia Central de Furtos e Roubos, que já está investigando o caso.

Bandeira
Também chamou a atenção a informação de que ocupantes de um veículo Uno Preto com vidros escuros andaram abordando cabos eleitorais da campanha do prefeito Beto Richa, no Centro Cívico, querendo comprar uma bandeira da propaganda do tucano, ontem pela manhã. Momentos mais tarde, o mesmo Uno teria sido visto no Sítio Cercado, e, depois de não conseguir comprar uma bandeira, acabou a arrancando do “formiguinha” que a portava. A placa foi anotada; mas, pelo jeito, tratava-se de placa fria.

Só o começo
O detalhe é que a campanha eleitoral só está começando.


Causa própria
Prioridade
Nos últimos meses, a prioridade um do governo Requião foi garantir um cargo vitalício para o irmão Maurício Requião. Enquanto isso, os índices de criminalidade e violência – policial, inclusive – no Paraná só crescem, e os hospitais públicos sofrem com a falta de condições para dar conta do atendimento.

Novela
O governador não contava com a possibilidade da nomeação de Maurício Requião para o Tribunal de Contas se transformasse em uma novela com a batalha jurídica deflagrada em torno da indicação. Usou todo o poder da máquina para que o assunto fosse resolvido rapidamente, para tentar minimizar o desgaste. Não deu certo.

Casuísmo
Com o fracasso da operação inicial, Requião já se prepara para jogar novamente no colo da Assembléia a responsabilidade de garantir o cargo de conselheiro do TC. Para isso, não hesita nem mesmo em mudar a Lei Orgânica do tribunal, ou promover uma nova eleição — desta vez com votação secreta, para driblar os obstáculos jurídicos à nomeação. Repete, assim, um hábito cada vez mais freqüente no poder político brasileiro: se a lei vai contra os interesses de o grupo no poder, muda-se a lei.


Vaga
Em discurso durante a solenidade de comemoração dos 148 anos do Ministério da Agricultura, o ministro Reinhold Stephanes afirmou ontem que pretende continuar à frente da pasta — apesar do mal-estar com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que conduz em Genebra, na Suíça, as negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Espero estar aqui para comemorar os 150 anos do ministério”, disse o paranaense.

Choque
O mal-estar surgiu em conseqüência da reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma recente entrevista de Stephanes, na qual o ministro afirmou que a negociação da Rodada Doha “não serve para nada”. Lula disse, em Lisboa, que a declaração de Stephanes “não tem influência na OMC”. E Amorim também reagiu: “Pensa que estou aqui (em Genebra) me divertindo?”

Em alta
O ministro da Previdência quer reajustar os salários de 39 mil funcionários do Seguro Social ainda este ano. A proposta, elaborada pelo ministério do Planejamento, faz parte de um conjunto de recomposições que atingirá mais de 50 categorias.

Em baixa
A derrubada da portaria que havia estabelecido proibições para a propaganda eleitoral em Curitiba levou muitos políticos a exagerar. Tem candidato cometendo irregularidades como banners e placar tipo cama elástica em locais proibidos e fora do padrão.