Azedume

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado.

O clima na bancada do PMDB eleita na Assembléia Legislativa é de salve-se quem puder. As feridas do racha interno provocado pela disputa em torno da eleição para a Presidência da Casa ainda estão mais do que vivas e não vão cicatrizar tão cedo.  O grupo que defendia o lançamento de um candidato próprio do PMDB à sucessão de Hermas Brandão (PSDB) não perdoa a ala que acabou fechando com o pefelista Nelson Justus. E promete tirar a história a limpo na reunião de amanhã da Executiva estadual.


A carta
A carta do filho do secretário de Obras Públicas Luiz Caron, Guilherme Richter Caron, publicada na edição de domingo na Gazeta do Povo, indica não só que Caron está fora do “novo” secretariado no governo Requião, mas que uma dissidência forte do PMDB vem crescendo. O PPS sabe disso e tem atraído alguns deles.


A carta (II)
Na carta, Guilherme defende o pai, que foi alvo das grosserias do governador no primeiro dia do segundo mandato. Diante das câmeras, o governador disse que não tinha mandado erguer divisórias no novo prédio do governo e mandou derrubar tudo. Caron estava ouviu quieto. Seu filho informou que foram assessores do governador que mandaram construir as paredes da discórdia.



Paixão antiga
O governador Roberto Requião (PMDB) não esquece mesmo de Jaime Lerner. A paixão é tão grande que o peemedebista insiste em apontar Lerner como responsável pelas maselas do Estado. Durante um programa de “entrevistas” exibido na noite do último domingo na TV Educativa, Requião citou várias vezes que “isso é culpa do governo anterior”. Tudo bem se não fosse por um pequeno um detalhe. Agora, a partir da reeleição, o governo anterior é do próprio Requião.


Entre tapas e beijos
No mesmo programa, Requião voltou a dar alfinetadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente a política que “privilegia a concessão de serviços públicos à iniciativa privada”. Mas ao mesmo tempo que morde, assopra. Hoje, Requião recebe de braços abertos e com toda a pompa a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Um dos principais objetivos da  visita é analisar as necessidades de investimentos federais no Paraná e solucionar pendências existentes nas parcerias entre os governos federal e estadual


Entre tapas e beijos (II)
Os petistas locais, felizes com os cargos que estão por vir na esfera estadual, se fingem de surdos quando o governador resolve criticar o presidente. Estão se acostumando.



Dança das cadeiras
O vereador José Roberto Sandoval (PSC) acerta hoje os detalhes da sua transferência para o PMDB de Requião. Com isso, os peemedebista, que perderam Stephanes Júnior – eleito deputado estadual – , voltam a ter três vereadores na Câmara de Curitiba. A eleição de Stephanes também foi benéfica ao PT, que pula de três para quatro representantes no Legislativo estadual. Isso porque Pedro Paulo – coordenador financeiro das campanhas de Flávio Arns e Gleisi Hoffmann em 2006 – é o suplente de Stephanes.


Bate cartão
A nova diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, a jornalista Marisa Villela conversou ontem com as chefias de departamento da casa. A partir desta terça-feira ela já estará dando expediente.  A definição de novas políticas de trabalhos deverá ser implementada nos próximos dias.



Em alta
A nova diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, a jornalista Marisa Villela conversou ontem com as chefias de departamento da casa. A partir desta terça-feira ela já estará dando expediente e promovendo mudanças.


Em baixa
O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) foi rápido em afirmar que estava fora da  disputa como candidato da ala independente à presidência da Câmara dos Deputados. Não quer amargar outra derrota, como a da indicação ao Tribunal de Contas da União.