A campanha eleitoral sequer começou, mas a baixaria já anda solta. E a origem, como era de se esperar, é a mesma de outras campanhas: o assessor especial do governador Requião e presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, que lançou ontem através da página da ONG “laranja” Frente Ampla, uma série de acusações sem qualquer base documental ou fundamento contra a aliança formada em torno da candidatura de reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB).
Desocupado
Os advogados do PSDB e do prefeito já preparam a reação judicial contra Doático, que ocupa um cargo de confiança com salário pago pelo contribuinte paranaense, sem que se saiba até hoje qual a função que ele exerce na administração Requião. A não ser que lançar acusações contra adversários políticos do governador seja agora uma função de Estado.
Reincidência
Não custa lembrar aliás que o site original da tal Frente Ampla foi construído e hospedado pela Celepar, empresa de economia mista subordinada à Secretaria Estadual de Assuntos Estratégicos do governo Requião, conforme revelou o Jornal do Estado em reportagem em fevereiro deste ano. Na época em que a denúncia foi publicada, o presidente da companhia e integrante da cúpula do PMDB, Nizan Pereira, negou envolvimento da empresa, mas depois foi obrigado a reconhecer o fato na Justiça. E no final do ano passado, Doático já havia sido proibido pela Justiça de utilizar o site oficial da Secretaria de Assuntos de Curitiba para promover ataques a adversários políticos do governo. Para driblar a decisão judicial, passou a usar uma página clone.
Celebridade
Um pré-candidato a vereador do PV, Miltinho Contador, de 41 anos, teve ontem seus cinco segundos de celebridade por conta da notícia de que seu carro – um Gol ano 95 foi incendiado às 3 horas da madrugada. O veículo estava na frente da casa de seu funcionário na área de invasão do bairro Santa Quitéria, em Curitiba. Miltinho foi avisado, mas quando chegou no local o carro estava destruído.
Famoso quem
Para o pré-candidato houve um “atentado político” contra sua futura campanha. Contador alegou – sem citar nomes, é claro – que “outros candidatos estão incomodados” com a organização dele para a campanha pelo cargo de vereador”. Deveria ser algo realmente incrível, pois até agora ninguém tinha notícia da existência da mesma.
Que é isso companheiro…
Ninguém do PMDB gostou da idéia lançada pelo líder do governo na Assembléia e vice-presidente estadual do partido, deputado Luiz Cláudio Romanelli, de uma frente única das oposições para disputar a sucessão em Curitiba. Para o deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que classificou a idéia do correligionário de “infeliz”, a união das oposições em uma candidatura única só facilitaria a vitória de Beto Richa no primeiro turno.
Já foi
O ex-reitor da UFPR, Carlos Moreira, também se irritou com a proposta de Romanelli. Ele lembrou que a estratégia de candidatura única das oposições já foi testada em 2004 em torno do petista Ângelo Vanhoni, e não deu resultado. O fato é que tanto a cúpula do PMDB de Requião quanto a do PT de Gleisi Hoffmann estão atarantados com o fracasso da estratégia de pulverizar candidaturas para tentar levar a disputa em Curitiba para o segundo turno.
Em alta
O governo brasileiro terá uma lista negra das empresas que usam trabalho infantil. O objetivo será o de identificar as companhias e impedi-las de ter acesso a financiamento , isenções fiscais ou de participar de licitações públicas.
Em baixa
Depois de ter quatro comerciais impedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) de serem veiculadas, o PT precisou mudar sua abordagem para poder se manter no ar. É que só dá Gleisi Hoffmann, presidente fastada, nos comerciais do partido.