O propalado pedido do governador Requião – às vésperas do recesso – para que a Assembleia Legislativa desengavete a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada por ele em abril do ano passado, prevendo a publicação mensal dos gastos dos três poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo – não passa de mais uma bravata vazia. Se realmente quisesse que os deputados votassem o projeto, Requião já teria dado ordem nesse sentido ao líder da bancada governista, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), pois o governo tem maioria na Casa e aprova tudo o que quer.
Me inclua fora dessa
Romanelli, por sua vez, sabendo que a PEC do governador é apenas mais um factóide, se finge de morto. Não mexeu um dedo para que a proposta fosse colocada em pauta da Assembleia Legislativa. E não demonstra qualquer intenção de comprar a briga com seus colegas, que igualmente não têm qualquer interesse em levar a PEC adiante.
PT apóia
O PT do Paraná, por sua vez, pretende melar os planos de Requião e pressionar pela aprovação da PEC. Para Gleisi Hoffmann, presidente estadual do PT, isso é fundamental para dar acesso às informações para todo o povo paranaense. “A PEC está muito boa e já passou da hora de ser votada”, comentou Gleisi.
Lixo
O anúncio do governador Requião de que não vai mais autorizar a cobrança da taxa de lixo das prefeituras nas contas da Sanepar frustrou o prefeito de Campo Mourão, Nelson Tureck (PMDB). Com projeto na câmara e tudo, ele já se preparava para ter mais recursos em caixa. Para a prefeitura, a inadimplência (não pagamento) na conta da Sanepar seria de cerca de 2%, enquanto que no IPTU como cobrado atualmente é de 35%. O Município alega ter um déficit anual de R$ 800 mil na taxa de coleta de lixo e pretendia tirar o atraso.
Feriado
A Associação Comercial e Industrial de Londrina começa a se mobilizar para impedir a aprovação do projeto de lei, que tramita na Câmara de Vereadores, transformando em feriado o Dia da Consciência Negra, comemorado em 21 de novembro (São Paulo adotou esse feriado). Pelos cálculos da entidade, R$ 19 milhões deixam de circular em cada feriado.
eleições 2010
Clima
Por mais que caciques do PMDB e do PT tentem disfarçar com os discursos protocolares de “juras de amor”, o fato é que o clima entre os dois partidos não melhorou em nada após a reunião de segunda-feira para tratar das alianças para as eleições de 2010. Os peemedebistas continuam cobrando o apoio à candidatura do vice-governador Orlando Pessuti ao governo, enquanto os petistas permanecem convictos a insistir em uma composição que inclua o senador Osmar Dias (PDT).
Letra morta
O deputado Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) continua sendo uma “pedra no sapato” da bancada governista na Assembleia. Esta semana, Stephanes Jr criticou a aprovação pelos deputados de projeto do governador Requião que obriga a tradução de todas as propagandas que usem termos estrangeiros no Estado. O deputado lembrou que a medida vai obrigar, por exemplo, a tradução de termos como shopping, pizza, news. Para ele, além de desnecessária, a regra é inócua, pois será inviável fiscalizá-la e aplicá-la.
Flores e espinhos
Na semana passada, presidente estadual do PMDB, deputado Waldir Pugliesi, ficou sensibilizado com a atitude da presidente do PT do Paraná, Gleisi Hoffmann, que chegou para a reunião trazendo de presente para ele um vistoso arranjo de flores. Pugliesi diz ter visto no presente um gesto de paz. Questionado se as flores tinham espinhos, o deputado desconversou.
Agenda
Desaposentado – melhor agora” é o título do livro que o consultor em RH e palestrante Armelino Girardi lança no próximo dia 22 de julho, às 19h30, no Sesc Água Verde (Av. República Argentina, 944).
Em alta
Curitiba tornou-se sede mundial do Instituto LIFE, primeira certificadora internacional de biodiversidade. O lançamento do LIFE – sigla em inglês de Leasting Initiative For Earth (Iniciativa Duradoura pela Terra) – na cidade aconteceu na semana passada.
Em baixa
O o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deixou claro que não renunciará ao cargo ou ao mandato por conta das denúncias de irregularidades administrativas que têm atingido, inclusive, parentes seus. Mas a imagem do político está em queda.