Criatividade

Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado


O afastamento de Maurício Requião do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TC), determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dominou as discussões ontem na Assembléia Legislativa. O líder do governo na Casa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), foi o mais entusiasta defensor do irmão do governador Roberto Requião (PMDB). “Está havendo um processo de judicialização da política”, disse. No dicionário, o termo judicialização não existe.


Doçura
O deputado estadual Marcelo Rangel (PPS) comemorou o afastamento de Maurício Requião. Ele disse que o voto aberto, ao invés do voto sigiloso como deveria ter sido, segundo o Supremo, fez muitos deputados mudar de idéia porque tiveram que mostrar a cara e era arriscado levar um puxão de orelha de Requião. Com isso, Maurício acabou levando o cargo de conselheiro com facilidade. “Foi como tirar doce de criança”.


Desafio
E o afastamento de Maurício Requião rendeu. “Essa decisão vai valer. Teremos que fazer outra eleição para indicação do novo conselheiro do Tribunal de Contas. Aí, com o voto secreto vamos ver se o Maurício Requião leva o cargo do TC”, desafiou o oposicionista Valdir Rossoni (PSDB).


Folgados
No finalzinho da sessão de ontem da Assembléia de Legislativa, o presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), informou que haveria sessão hoje, quinta-feira. De praxe, nas quartas-feiras os deputados fazem duas sessões para se livrarem de compromissos na quinta. Houve chiadeira geral. Sem tempo para fazer mais uma sessão ainda ontem, eles encontraram uma saída rápida: os líderes se reuniram e pediram que fosse feita duas sessões na segunda-feira. Tudo ficou acertado entre oposição e situação. Para folgam, houve união em torno dos dois grupos.


Almoço
O governador Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) almoçaram juntos ontem no restaurante do Senado, em Brasília. Dois dias depois de ter sido indicado como pré-candidato peemedebista a governador, o vice Orlando Pessuti (PMDB) deveria colocar as barbas de molho. O teor da conversa, ninguém soube, mas Osmar manteve sua posição de candidato ao governo do Paraná. Em Curitiba, Requião se faz de mudo e não fala nada de Pessuti. Ao vice, cabe ficar à espera do chefe em se pronunciar.


Convidado (I)
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, é um dos convidados do ministro José Múcio Monteiro, das Relações Institucionais, para fazer um pronunciamento durante o seminário Novo Padrão de Desenvolvimento: Crescimento, Estabilidade e Inclusão Social, que terá a presença dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento) e Guido Mantega (Fazenda) e do presidente do Banco Central Henrique Meireles.


Convidado (II)
O encontro é promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da presidência da República e acontece hoje, em Brasília. Apenas cinco conselheiros foram chamados para se posicionar. Além do presidente da Fiep, estão escalados João Paulo dos Reis Velloso, Jorge Gerdau Johannpeter, Jorge Nazareno, José Antônio Moroni e Luiza Helena Trajano.


Em alta
Privilegiar a educação, a cultura e o esporte por meio de um trabalho conjunto entre os senadores é a meta do Senador Flávio Arns, eleito por unanimidade, com 17 votos, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, para o biênio 2009-2010.


Em baixa
A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) aprovou ontem parecer prévio pela irregularidade das contas de 2003 da Prefeitura de Wenceslau Braz (Norte Pioneiro), sob responsabilidade da ex-prefeita Carolina Batistão de Souza.