Defesa

Josianne Ritz, com a colaboração dos editores do Jornal do Estado.


O Ministério Público divulgou na sexta-feira nota em que “lamenta” as críticas do presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, que um dia antes anunciou representação no Conselho Nacional do Mininistério Público contra o procurador Geral de Justiça, Milton Riquelme, e a promotora Terezinha Souza, por prevaricação, por conta da demora na investigação sobre o nepotismo – contratação de parentes – no governo Requião. Na nota, o MP alega que “está atuando efetivamente na questão, respeitando a legalidade e o devido processo legal, e suas ações são pautadas por critérios jurídicos, impessoais, objetivos e transparentes”, e não pela “expectativa política do requerente”.


Resposta PPS
O presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, rebateu, ainda na sexta-feira, a nota do Ministério Público e afirmou que o partido nunca criticou a instituição, mas sim a atuação do procurador-geral, Milton Riquelme, e da promotora Terezinha de Jesus, responsáveis pela investigação sobre o nepotismo no Paraná. “Durante toda a minha vida parlamentar, lutei e defendi a independência e a autonomia do Ministério Público. Tanto que nós do PPS apoiamos e elogiamos a atuação dos promotores de primeira instância de todo o país, que, efetivamente, estão agindo contra a prática vergonhosa do nepotismo”.


Resposta PPS (II)
Rubens afirmou também que a nota do MP é evasiva e não explica o principal assunto em debate hoje, que é s justificativa da promotora Terezinha de Souza para não ingressar com uma ação civil pública contra o governador Roberto Requião e seus secretários adeptos ao nepotismo. “Passado quase um ano, a representação contra o nepotismo ainda se arrasta, sem nenhum resultado. Ou seja, parece que o procurador-geral e a promotora querem adiar a investigação para as ‘calendas gregas’”.



Caso Delazari
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, venceu um round da luta contra o Ministério Público estadual para permanecer no cargo sem ter que abrir mão da carreira de promotor. Ele conseguiu  uma liminar na sexta-feira na Justiça que garante uma nova licença do Ministério Público (MP-PR). A desembargadora Regina Afonso Portes foi quem concedeu a liminar. Na interpretação de Delazari, ele segue no cargo de secretário. Na do MP, a decisão só concedeu a licença.


Alívio
A liminar contraria a decisão do procurador-geral de Justiça, Milton Riquelme de Macedo, que indeferiu no dia 14 deste mês o pedido de licença de Delazari para fins particulares.  Delazari tem que optar por um dos cargos até 12 de março.


Audiência
A guerra deflagrada pelo governador Roberto Requião (PMDB) contra o prefeito Beto Richa (PSDB) terá novos capítulos na segunda-feira. Nesse dia, acontece a audiência no processo por calúnia e difamação movido pela publicitária Cila Schulmann, contra o governador, pela acusação do governador de que ela teria recebido dinheiro desviado do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) para pagar os serviços de marketing da campanha eleitoral de Beto ao governo em 2002.


Transferido
A audiência está prevista para as 15h30. A princípio iria acontecer no Fórum, mas a pedido de Requião, foi transferida para a sala da presidência do Tribunal de Justiça. O juiz é Marcos Denchuk, da 16ª Vara Cível de Curitiba. Requião arrolou como testemunhas o presidente estadual do PMDB, Renato Adur, o secretário da Comunicação, Airton Pisseti, e o secretário de Assuntos Estratégicas, Nizan Pereira.



Em alta
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, garantiu, que sairá em março o edital para a realização do primeiro projeto de Parceria Público-Privada. O projeto envolve reformas e ampliação no trecho da BR-324 entre Salvador e Feira de Santana (BA).


Em baixa
O deputado federal Dr. Rosinha (PT) classificou na sexta-feira como “vergonhosa” a concessão, pela Câmara dos Deputados, de uma aposentadoria integral ao ex-deputado José Janene (PP), que escapou da cassação por envolvimento no mensalão. Muita gente  também acha.