Se já não bastasse a dificuldade para atrair aliados, a candidata do PT à prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, agora enfrenta novo problema. É que o ex-deputado federal, Oliveira Filho, secretário geral do PRB — partido que havia anunciado a intenção de apoiar a petista — anunciou ontem que se a Executiva Nacional da legenda forçar a aliança com Gleisi, ele vai criar um grupo dissidente de mais de 40 pré-candidatos que preferem apoiar a candidatura de Beto Richa (PSDB).
Incoerência
Oliveira explica que seria incoerência da parte dele e dessas demais lideranças apoiar o prefeito durante os três anos e meio, e agora, por uma imposição da cúpula ficar ao lado do PT. Segundo ele, seria como torcer para o Brasil a vida inteira e no dia de jogo, vestir a camisa da Argentina.
Para trás
O comentário na Assembléia Legislativa ontem era que até o candidato peemedebista, Carlos Moreira Júnior, arrumou um candidato a vice — Cleiton Kielse — antes que Gleisi.
De volta ao batente
O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB), que estava de licença da Câmara Federal para lutar pelo direito de ser o candidato a prefeito de Curitiba pelo partido, voltou esta semana à Brasília revigorado com o embate. Ele articula um movimento nacional de resistência à criação de um novo imposto, a Contribuição Social sobre a Saúde (CSS), uma espécie de nova CPMF, que o governo federal tenta reeditar. Rocha Loures, que é membro da Frente Parlamentar da Saúde, criticou a criação desse novo tributo.
Mais rigor
Os deputados estaduais aprovaram ontem em primeira redação, o projeto de lei nº. 061/08, que altera dispositivos da lei estadual sobre licitações, contratos administrativos e convênios firmados entre o Estado e a iniciativa privada. Com a proposta, de iniciativa do deputado Edson Strapasson (PMDB), a empresa que não cumprir o contrato para a qual se habilitou será penalizada com a emissão de uma declaração de empresa inidônea, além de pagar multa e ainda ser proibida de participar de novas licitações públicas durante dois anos. A matéria ainda passa por mais um turno de votação na Casa antes de seguir para sanção do Poder Executivo.
LDO
Foi encerrado ontem o prazo de adição de emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2009. O documento recebeu 42 sugestões, entre emendas supressivas, aditivas e modificativas.
Eduardo X Fiep
A trégua entre governo estadual e a Fiep-PR parece estar abalada. O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina e irmão do governador, Eduardo Requião, chegou a chamar os empresários da entidade de “perversos que só brigam pelos próprios interesses”. Toda essa raiva porque a Fiep promoveu ontem um encontro em Curitiba com o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Pedro Brito, sem ter incluído a autoridade portuária paranaense no evento. No entanto, a Fiep garante que não só enviou o convite, como recebeu confirmação da superintendência. Além disso, o próprio governador deve almoçar com Britto hoje, na sede da Fiep. Vai ver que Eduardo e seu irmão estavam furiosos com as denúncias sobre a má administração no porto de Paranaguá, feitas pela oposição na Assembléia, e resolveram descontar em alguém. Sobrou para os empresários…
Em alta
A partir das eleições municipais de outubro, além da foto do candidato a prefeito, o eleitor visualizará a imagem do candidato a vice na tela da urna eletrônica. Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral a decisão do TSE inicia “um processo de eliminação das candidaturas clandestinas”.
Em baixa
O ex-prefeito de Engenheiro Beltrão, José Dalpont, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, à prestação de serviços à comunidade e à prestação pecuniária. Ele foi denunciado por sonegação fiscal e fraude contra a Receita.