O governador Roberto Requião está mesmo preocupado com sua imagem. Na semana passaada, mesmo no dia do reajuste das tarifas, proibiu qualquer invasão de praça de pedágio por termer uma repercussão negativa. Ele também encomendou pesquisa de opinião de um grande instituto de pesquisa para saber como anda sua popularidade. Os amigos e inimigos querem saber: será a crise dos sete anos?
Em crise (II)
Com base na pesquisa, que inclui também avaliação dos principais setores do seu governo, Requião vai prometer a requisitada reforma do secretariado. Para espanto da oposição e da situação, dessa vez o governador quer agradar gregos e troianos, inclusive aqueles peemedebistas que disputaram Prefeituras e não ganharam. Na lista dos possíveis novos secretários estaria até mesmo o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Moreira. Mas já se sabe também que não vai perdoar quem não está indo bem, segundo a pesquisa.
Outro mundo
Alienação
No Congresso Nacional, os deputados da Comissão de Orçamento preparam um corte de R$ 8 bilhões nos gastos federais para o ano que vem, por conta da crise econômica mundial. Na Câmara Municipal de São Paulo, o Orçamento da maior cidade do País também sofrerá um corte de R$ 2,2 bilhões, ou 7,5% do total inicialmente previsto, pelos mesmos motivos. Já na discussão do Orçamento do Paraná para 2009 na Assembléia Legislativa, é como se a crise simplesmente não existisse.
Realidade
Os cortes que estão sendo determinados no Congresso e em São Paulo – que no segundo caso, por sinal, tem um orçamento bem próximo ao do Paraná – são fruto da realidade. Com a crise, a atividade econômica será reduzida, e a arrecadação de impostos também. Somente os deputados paranaenses parecem não perceber isso.
Ficção
O relator do Orçamento na Assembléia, o deputado governista Nereu Moura (PMDB), conforme antecipou o JE, já avisou que não vai fazer qualquer mudança na previsão de receitas e gastos para o ano que vem por causa da crise. Isso só demonstra como a votação do Orçamento no Legislativo estadual é uma ficção. Os deputados votam sabendo que o governo depois vai fazer as mudanças que quiser. Não há qualquer compromisso com a realidade econômica.
IML
O líder do Democratas na Assembléia, deputado Plauto Miro, também cobrou uma solução definitiva do governo estadual para a grave enfrentada pelo Instituto Médico Legal de Ponta Grossa. “A situação está muito grave”, argumentou. O IML da cidade é responsável pelo atendimento de outros 32 municípios – a maioria dos Campos Gerais. “Vivemos uma situação caótica, inclusive no IML de outras cidades”, lembrou.
Balanço da saúde
O secretário da Saúde, Gilberto Martin, participa hoje, às 10h, de audiência pública na Assembléia Legislativa do Paraná. Martin fará um balanço das atividades da Secretaria durante o ano de 2008, falando de indicadores de saúde, investimentos e programas do setor do Governo do Estado.
Em alta
Desde janeiro de 2008, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR) realizou 36 pregões eletrônicos. O número é bastante significativo se comparado à quantidade de pregões que foi realizado no ano passado – quinze, ao todo .
Em baixa
“É uma situação difícil de avaliar, tanto para o parlamentar como para a população”. A declaração é do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral (DEM), ao avaliar a mensagem estadual, que reduz a alíquota de ICMS de 18% para 12%.